
Segundo o MAD, outros 40 foram identificados como indivíduos desleais aos valores da Constituição alemã. "Nosso objetivo é não apenas remover extremistas das Forças Armadas alemãs, mas também pessoas que não têm lealdade à Constituição", afirmou Gramm.
Ele atribuiu o aumento dos números à intensificação do escrutínio realizado pelo MAD.
Casos de suspeita de extremismo estão particularmente concentrados entre uma unidade de elite conhecida como Comando de Forças Especiais (KSK).
De acordo com Gramm, 20 dos casos suspeitos de extremismo de direita atualmente em investigação foram detectados dentro do KSK, cifra que, em relação ao número de integrantes, é cinco vezes maior que o da média geral da Bundeswehr. O número de casos no KSK também dobrou em comparação com o início de 2019, acrescentou o presidente do MAD.
A pressão para investigar militares alemães suspeitos de ligação com grupos neonazistas no país vem aumentando desde a eclosão do caso de Franco A, um tenente preso em 2017 tentando recuperar uma arma e munição que havia escondido no aeroporto de Viena. Explosivos também foram encontrados na ocasião.
Ele é acusado de levar uma vida dupla, se passando por um refugiado sírio, para, segundo promotores, realizar um ataque visando que o ato fosse confundido com terrorismo islâmico.
O caso de Franco A. atraiu atenção generalizada em toda a Alemanha depois que informações surgiram de que ele armazenou memorabilia nazista em seu quartel, incluindo uma caixa de fuzil com uma suástica gravada. Ele foi acusado de planejar ataques a políticos do alto escalão e figuras públicas que acreditava serem "favoráveis a refugiados". Ele foi absolvido das acusações de terrorismo, mas condenado por violar a legislação sobre armas.
"O caso serviu de alerta para que o MAD pudesse se desenvolver de forma mais abrangente", afirmou Gramm.
MD/dpa/afp/cp
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