O jornalista e ativista marroquino Omar Radi, 33 anos, foi acusado e detido por um tuíte publicado há nove meses, criticando o juiz encarregado do caso contra os líderes do movimento de protesto de Hirak Na primeira audiência realizada nesta quinta-feira (27/12), os advogados de Radi solicitaram sua libertação condicional, que foi rejeitada pelo tribunal de Casablanca. A próxima audiência está marcada para 2 de janeiro. No mesmo dia, o youtuber Mohamed Sekkak foi condenado a quatro anos de prisão por postar um vídeo que critica o rei Mohammed VI, considerado “inviolável” pela Constituição.
Sekkaki, cujos vídeos costumam exceder 100 mil visualizações, foi preso no início de dezembro. Em entrevista à Agência France Presse, seu advogado, Mohamed Ziane, disse que vai apelar da decisão.
Os casos ocorrem depois que a Associação Marroquina de Direitos Humanos lamentou, em julho, a “escalada de violações de direitos humanos e liberdades públicas e individuais” no Marrocos.
No ranking anual de liberdade de imprensa, o Repórteres Sem Fronteiras (RSF) classificou o Marrocos em 135º dos 180 países.
PI/Caminho Político
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