Outros músicos já tentaram concluir a obra deixada inacabada pelo compositor alemão, ao morrer em 1827. Agora a tarefa cabe a um algoritmo treinado por equipe internacional de musicólogos, compositores e informáticos.Além das nove sinfonias conhecidas e há dois séculos executadas em todo o mundo, ao morrer o compositor alemão Ludwig van Beethoven (1770-1827) deixou inacabada uma décima. Compositores posteriores tentaram completá-la a partir dos fragmentos disponíveis, mas agora a tarefa foi entregue a um algoritmo de inteligência artificial. Desde meados de 2019, uma equipe internacional de musicólogos, compositores e informáticos treina o software para compor os trechos que faltam, no estilo e espírito do grande músico nascido em Bonn, com base em seus esboços e anotações. Ideia e verba para o projeto partiram da empresa de telecomunicação Deutsche Telekom.
A estreia pela Beethoven Orchester de Bonn será em 2020, ano em que se completariam os 250 anos do nascimento do compositor. Ninguém ainda sabe como será o resultado final: "O algoritmo é imprevisível, ele nos surpreende a cada dia", explicou ao semanário Frankfurter Allgemeine Sonntagszeitung o coordenador do projeto, Mattias Röder, diretor do Instituto Karajan. "Ele é como uma criancinha explorando o mundo de Beethoven."
Este não é o primeiro experimento em que programas de computador são encarregados de compor. Outro exemplo é a conclusão da famosa Sinfonia nº 8, Inacabada, de Franz Schubert, promovida pelo fabricante chinês de smartphones Huawei, e estreada em fevereiro de 2019, em Londres.
AV/afp,dpa/cp
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