A Comissão de Seguridade Social e Família promoveu audiência pública sobre o calendário nacional de imunização e a cobertura vacinal no país, tema que preocupa especialistas em razão do índice de imunização, considerado insatisfatório em alguns casos.De acordo com o deputado Pedro Westphalen (PP-RS), que é médico, das nove principais vacinas do calendário de vacinação, só a BCG alcançou 95% de imunização, considerada o mínimo necessário.
“Todas estão com índice abaixo do necessário, mesmo com vacinas a disposição. Existem alguns casos pontuais de dificuldade de fornecimento, mas, mesmo quando há a vacina, os produtos não estão sendo usados de maneira devida. Muitas vezes não tem nem pessoal treinado para isso”, reclamou.O deputado anunciou que o objetivo da comissão é expandir a análise da situação aos estados e municípios, por meio de trabalho conjunto com as assembleias legislativas e as câmaras municipais.Monica Levi, da Sociedade Brasileira de Imunizações, disse que em vários lugares do país não houve vacinação adequada. “Não adianta ter vacina e não ter o processo de vacinação. Não adianta ter as geladeiras cheias de vacina se as pessoas não forem vacinadas”, disse.Os debatedores discutiram ainda casos de pessoas que decidem não se vacinar com base em boatos, informações falsas ou preconceitos – um dos fatores que explicam a imunização insuficiente.Para Nereu Henrique Mansano, representante do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), a saída para o problema é a disponibilização de informações. Ele deu o exemplo da vacina contra a influenza.“Às vezes alguém toma a vacina, que protege contra alguns sorotipos de influenza mas não protege contra outros vírus da gripe comum, fica gripado e acredita que foi a vacina”, disse.
Reportagem - Lincoln Macário
Edição - Antonio Vital
- Caminho Político
Comentários
Postar um comentário