"Demissão de jornalistas em Alagoas descumpre determinação do TRT"

Parceira da Globo em Alagoas, a Organização Arnon de Mello (OAM), do ex-presidente Fernando Collor de Mello, demitiu pelo menos 15 jornalistas nesta quinta-feira (4 de julho). Atingindo repórteres, editores e produtores, as demissões ocorreram após greve de nove dias contra a redução do piso salarial dos jornalistas de Alagoas. Os profissionais demitidos trabalhavam na TV Gazeta de Alagoas (afiliada da Globo), TV Mar (canal de televisão a cabo) e no portal G1. Lembrando que as demissões descumprem determinação do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 19ª Região, que garantiu a estabilidade dos jornalistas que participaram da paralisação pelo período de 90 dias, o Sindicato dos Jornalistas de Alagoas informou que vai tentar revertê-las.
Em outras empresas jornalísticas do estado não houve demissões. É o caso da TV Ponta Verde, afiliada do SBT, e da TV Pajuçara, afiliada da Record. Nelas os jornalistas voltaram a trabalhar normalmente após a greve.Conforme noticiado pelo Portal IMPRENSA, esta semana o TRT aprovou o reajuste de 3% nos salários dos jornalistas, além do reajuste no piso da categoria, que passou de R$ 3.565,27 para R$ 3.672,22. Os desembargadores também decidiram pela legalidade da greve e pelo não desconto dos dias parados.
A greve dos jornalistas de Alagoas começou no último dia 24, após negociação do sindicato da categoria com as empresas de comunicação. Durante as negociações, as empresas, alegando crise financeira, teriam proposto a redução do piso da categoria em 40%.
Com a greve, muitos telejornais de Alagoas precisaram recorrer a estagiários, profissionais de outros estados e reprises de reportagens para ir ao ar.
Redação IMPRENSA/Caminho Político

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