"PEC que altera rito das MPs no Congresso pode ser pautada nesta semana, diz Rodrigo Maia"

Reunião de LíderesO presidente da Câmara, Rodrigo Maia, informou que deve apresentar amanhã (4) na reunião de líderes um texto do acordo entre a Câmara e o Senado que altera os ritos e a tramitação das Medidas Provisórias (MPs) no Congresso Nacional (PEC 70/11). A proposta fixa prazos mais rígidos para votação e prevê, entre outros pontos, o fim das comissões mistas que atualmente analisam as MPs.

Segundo o presidente, a PEC dá mais tempo para que as Casas analisem as MPs e acaba com o discurso de que o Senado não tem tempo de avaliar as propostas. Maia deu como exemplo a MP 871/19, que combate fraudes no INSS e pode perder a validade hoje se o Senado não votar o texto. Segundo Maia, a Câmara teve apenas 12 dias para analisar a proposta.

“Muitas vezes, a Câmara é criticada de forma equivocada. A matéria chegou muito tarde, e acho que esse é um bom exemplo que precisamos melhorar a tramitação das MP’s”, disse.

Maia também disse que a Câmara pode votar o texto que altera a legislação sobre licitação no País. Segundo ele, a proposta deve ser discutida nesta semana no Plenário

Banco Central
Em relação à autonomia do Banco Central, Rodrigo Maia afirmou que pretende avaliar com os líderes o melhor momento para debater o tema. Ele explicou que há um projeto que conta com apoio da equipe econômica do governo que regulamenta o conselho fiscal previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar 101/00) e nunca implementado.

Rodrigo Maia informou ainda que a Câmara deve votar nas próximas semanas um projeto que altera o marco legal do saneamento básico no País. A MP que tratava do assunto perdeu a validade e o objetivo é votar uma proposta que, segundo Maia, crie um modelo que gere competitividade, segurança jurídica e recursos privados para investimento no saneamento. Ele explicou que o Senado também vai dar início às discussões sobre o tema e que a Casa que votar primeiro encaminha à outra, que atuará como revisora.

“Nesse tema não tem vaidade, não interessa quem é a casa revisora. O que interessa é avançar num tema que envergonha a todos nós, 75 milhões de brasileiros sem redes de esgoto. ”, disse.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Geórgia Moraes

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