Quando a jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, revelou a intenção de Jair Bolsonaro de demitir o ministro da Educação, Ricardo Vélez, o presidente usou sua conta no Twitter para se dizer vítima de "fake news diárias". Nesta sexta-feira (5), porém, ele foi menos assertivo sobre a possível demissão. Em um já tradicional café da manhã com jornalistas, no Planalto, Bolsonaro admitiu a possibilidade de trocar o comando da pasta. "Segunda-feira vai ser o dia do 'fico ou não fico'", admitiu, segundo vários órgãos de imprensa que participaram do encontro.
Durante a conversa, o presidente reconheceu uma insatisfação com a atuação do ministro. "Está bastante claro que não está dando certo. Está faltando gestão", disse. "Vamos tirar a aliança da mão esquerda e pôr na direita. Ou vai para a esquerda ou vai para a gaveta".
Desde que Vélez assumiu a pasta, o MEC já trocou 17 funcionários de alto escalão. O Ministério já teve de voltar atrás após decisões polêmicas e se desculpar publicamente, como no caso do pedido para que escolas gravassem alunos cantando o Hino Nacional e repetindo o slogan de campanha do presidente eleito no final. Recentemente, o ministro também declarou, em entrevista ao jornal Valor Econômico, ser favorável a uma revisão nos livros didáticos sobre o golpe militar de 1964 e a ditadura.
Jornalistas de diversas empresas de notícias participaram do encontro. Também estiveram presentes o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
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