"Colômbia implode fortaleza de Pablo Escobar"

Implosão do edifício Mônaco demorou apenas três segundosUma das atrações dos narcotours, edifício Mônaco em Medellín simbolizava poder de Escobar. Prédio dará lugar a parque e memorial em homenagem a vítimas do narcotraficante. A Colômbia implodiu nesta sexta-feira (22/02) um prédio que foi uma fortaleza de Pablo Escobar em Medellín. Símbolo do poder do narcotraficante, o edifício Mônaco estava abandonado há anos e havia se transformado numa atração turística. Em apenas três segundos, o prédio de oito andares se transformou numa montanha de escombros. A implosão foi acompanhada por cerca de 1,6 mil pessoas, incluindo familiares das vítimas de Escobar. O narcotraficante viveu no edifício Mônaco na década de 1980, antes de entrar para a clandestinidade. O prédio dará lugar para um parque e um museu memorial em homenagens às vítimas do chefe do cartel de Medellín.
"Isso significa que a história não será escrita a serviço dos vitimadores, mas em reconhecimento às vítimas", afirmou o presidente da Colômbia, Iván Duque. "[A demolição] Significa a derrota da cultura ilegalidade", acrescentou.O Mônaco tinha 12 apartamentos, 34 vagas de estacionamento, três elevadores, campo tênis, piscina e sauna. Ele abrigou a célebre coleção de carros antigos de Escobar. Em 1987, o edifício sobreviveu a ataque de carro-bomba, no auge do conflito entres os cartéis de Medellín e de Cali. Em 1990, o prédio foi expropriado pela Colômbia e por um tempo foi utilizado pelo procurador-geral do país.
Edifício Mônaco estava abandonadoO prefeito de Medellín, Federico Gutierrez, lamentou que o prédio tenha se tornado destino dos chamados narcotours, que levam turistas em locais relacionados à historia do tráfico de drogas na cidade. Críticos afirmam que esses roteiros turísticos glorificam a violência da década de 1980, quando milhares de colombianos foram assassinados.
Na década de 1980 e início dos anos 1990, Escobar declarou guerra ao Estado colombiano, promovendo uma série de atentados à bomba e ataques contra aos juízes, promotores, policiais, jornalistas e funcionários do governo. O narcotraficante foi morto em 2 de dezembro de 1993 numa casa onde estava escondido em Medellín.
CN/rtr/afp/efe/cp

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