"Já somam 99 as vítimas fatais do crime de Brumadinho; proprietários da Vale não foram punidos e Moro segue calado"
A Defesa Civil de Minas Gerais atualizou, no final da tarde desta quarta (30), em 99 o número de vítimas do rompimento da barragem da mina Córrego do Feijão, da Vale, em Brumadinho, nos arredores de Belo Horizonte, identificadas pelo Instituto Médico Legal (IML). O último balanço da corporação registra 259 desaparecidos. Estima-se que o número final de vítimas fatais, que só vai ser definido após o encerramento das buscas, deve ultrapassar a casa dos 300. Os proprietários da Vale ainda não sofreram qualquer punição e é provável que permaneçam impunes, até mesmo porque o governo neoliberal de Jair Bolsonaro resolveu dar uma de Pilatos e lavou a mão, negando-se inclusive a pressionar pela mudança da diretoria, sob a tosca alegação de que o Estado não deve interferir nos sagrados negócios da iniciativa privada. Já o ministro Sergio Moro, falso paladino da luta contra a corrupção, mantém-se calado, atitude semelhante à que decidiu adotar frente às denúncias contra o filho de Bolsonaro, o senador Flavio Bolsonaro, que o pai chama de “garoto” travesso, apesar de seus 37 anos.
De acordo com a Polícia Civil, dos 99 mortos, 57 foram identificados. A orientação é que as famílias não compareçam ao IML e, sim, comuniquem-se via internet e redes sociais.
Segundo a Defesa Civil, cinco dias após o desastre causado pelo rompimento da barragem, ainda há regiões de Brumadinho que sofrem com a falta de energia.
O tenente-coronel Flávio Godinho, coordenador da Defesa Civil, disse que os trabalhos na região da mina do Córrego do Feijão começaram por volta das 4h da manhã.
A barragem B6, com água, segue monitorada 24 horas por dia, segundo o órgão, sem risco de rompimento. Um plano de contingência, entretanto, foi elaborado de forma preventiva.
Com informações do Plantão Brasil
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