Na manhã deste sábado (19), o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, recebeu a vice-presidente de Mulheres do Partido Socialista do Chile, Karina Delfino Mussa, na sede nacional do partido, em Brasília. No encontro, os dirigentes trataram da conjuntura política do Brasil e do Chile e dos desafios dos partidos socialistas diante da eleição de governos de direita e extrema-direita no continente latino-americano. Participou da reunião a assessora de relações internacionais do PSB, Yara Gouvêa.“Lamentavelmente, esse é um fenômeno mundial e nós precisamos, como Partido Socialista Brasileiro e como Partido Socialista do Chile, aprofundar nossas relações e compartilhar experiências para combatermos o avanço do conservadorismo e evitarmos retrocessos”, disse Siqueira.
Ele afirmou que o PSB atuará na oposição para defender conquistas sociais importantes, como a previdência pública, a assistência social e o Sistema Único de Saúde (SUS), por exemplo.
Karina concordou que é uma necessidade a maior aproximação entre os dois partidos neste momento “extremamente preocupante” em que os dois países estão sendo governados por políticos de direita.
“Estamos certos de que é preciso termos maior relação entre os partidos socialistas do Chile e do Brasil. Após o governo de Michelle Bachelet, temos um ultra-liberal como presidente da República. Precisamos da unidade da esquerda e da centro-esquerda para tornar os nossos países mais justos e igualitários na América Latina”, analisou.
“Temos que estar alertas e fortalecer nossos partidos para fazer frente a essa direita fascista”, afirmou.
A socialista presenteou Siqueira com o livro “Mujeres socialistas – Protagonistas de una historia”, de sua autoria juntamente com o presidente do PS chileno, Álvaro Elizalde Soto. A publicação traz um histórico da luta das mulheres desde a criação do partido em 1933, do surgimento da Federação de Mulheres Socialistas no Chile, passando pelo período de atuação feminista no governo de Salvador Allende e durante o golpe de Estado.
O livro trata ainda das mulheres vítimas da Operação Condor – aliança entre os regimes militares da América do Sul, entre as décadas de 1970 e 1980, para reprimir e punir os opositores dessas ditaduras.
Também são destacadas as organizações de mulheres pós-golpe militar, o surgimento de protestos a favor da emancipação feminina e por eleições livres no Chile, o momento em que o país passou a ter a primeira mulher na Presidência da República, a socialista Michelle Bachelet, e os avanços em matéria de gênero nos Congressos Nacionais do PS chileno.
Um dos capítulos destina-se a Conferência Nacional de Organização e Programa “Salvador Allende”, um evento interno e realizado no fim de junho de 2018, em que os delegados e delegadas do partido debateram, entre outros temas, a incorporação de uma definição feminista e anti-patriarcal na Declaração de Princípios do socialismo chileno.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional
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