Por unanimidade, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados decidiu arquivar a representação do PSL contra os deputados petistas Paulo Pimenta (RS), Paulo Teixeira (SP) e Wadih Damous (RJ).
Pablo Valadares/Câmara dos Deputados
Deputados reclamaram da falta de propósito do processo
Os parlamentares foram acusados pelo PSL de terem agido de má-fé ao apresentar, durante plantão judiciário, em julho deste ano, pedido de habeas corpus para tentar libertar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso em Curitiba em razão da Operação Lava Jato. O habeas corpus foi inicialmente concedido, mas cassado posteriormente.
O arquivamento foi proposto no relatório do deputado Kaio Maniçoba (SD-PE). Ele considerou a representação do PSL falha por não especificar que tipo de agressão à ética teria ocorrido na ação dos parlamentares.
"Não achamos nenhum fato importante que ensejasse a cassação dos deputados. Foi até dito por alguns colegas o fato de ser desnecessário, no momento, esse tipo de representação... Mas, com bom senso, com diálogo e conversando com os pares tivemos uma maioria esmagadora para o arquivamento desse processo", disse.
O deputado Sandro Alex (PSD-PR), criticou a perda de tempo com a análise da representação.
"Realmente, é um processo ridículo. Foi gerado, na minha opinião, por uma questão política, de um partido contra o outro. Não tem cabimento esse processo. E nós estamos perdendo tempo aqui, deixando de avaliar processos que a população realmente acompanha no Conselho de Ética", reclamou.
Nenhum representante do partido que fez a denúncia nem os deputados acusados compareceram à reunião.
Reportagem – Newton Araújo
Edição – Ana Chalub
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