O financiamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e uma gestão mais efetiva da saúde pública estão entre as prioridades que entidades médicas cobram dos presidenciáveis nas eleições deste ano. A Associação Médica Brasileira (AMB) entregou aos candidatos à Presidência da República e a outros cargos uma agenda de prioridades.
Entre as propostas estão: financiamento e planejamento adequados para a saúde; criação de uma lei de responsabilidade sanitária, que funcione como a Lei de Responsabilidade Fiscal(Lei Complementar 101/00); e o fim da influência política na área, para evitar a descontinuidade de programas de saúde importantes para a população.
O presidente da Associação Médica Brasileira, Lincoln Ferreira, afirma que é preciso existir financiamento adequado para haver planejamento e contratação de gestores adequados. “O que observamos em relação ao SUS é uma sucessiva transferência de responsabilidades, ou seja, do governo federal para os governos estaduais, para as secretarias municipais de saúde e consequentemente para os profissionais de saúde”, diz Ferreira.
“Urge, em primeiro lugar, dotar esse sistema de inclusão, cidadania, com financiamento adequado, e urge a instituição de políticas de valorização de profissionais de saúde e a carreira médica de Estado, para tirar o profissional médico dos humores políticos locais”, defende o presidente da AMB.
Compromisso
Para Lincoln Ferreira, é necessário haver mais seriedade e comprometimento com o tema. “Entendemos que, independentemente de quem ganhe as eleições, o olhar sobre a saúde brasileira deve ser mudado. O olhar de seriedade, de comprometimento, que permita prover a assistência adequada para a maioria dos 210 milhões de cidadãos.”
O presidente da AMB ressaltou ainda que os médicos precisam de estrutura para trabalhar, de tempo de serviço específico e da garantia de salário para atender adequadamente a população.
Reportagem – Luiz Gustavo Xavier
Edição – Pierre Triboli
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