
Marchionne salvou a Fiat da falência, reduziu sua burocracia e a fundiu com a montadora americana Chrysler, tornando o grupo automotivo o sétimo maior do mundo. A série de medidas estratégicas por ele implementadas é considerada uma das maiores reviravoltas da história para uma empresa da indústria automotiva.
Além disso, Marchionne também segmentou a unidade de veículos industriais da companhia em 2011 para criar a CNH Industrial e foi bem-sucedido na separação nos ativos da marca de luxo Ferrari, em janeiro de 2016.
"Nós nos conhecemos em um dos momentos mais sombrios para nossa companhia, e foi seu intelecto, perseverança e liderança que salvaram a Fiat. Ele também conseguiu uma reviravolta marcante com a Chrysler", disse o presidente do conselho administrativo da Fiat Chrysler, John Elkann, no sábado, quando a aposentadoria de Marchionne foi anunciada, um ano antes do esperado, devido às complicações pós-cirúrgicas. A mídia italiana também noticiou que o executivo sofria de câncer de pulmão.
Conhecido como "o administrador de suéter" por sua recusa em vestir ternos, Marchionne era um negociador nato, um workaholic e não tinha medo de encarar sindicatos, analistas do setor, políticos e jornalistas.
Sua morte é vista por muitos na Itália como o fim de uma era. Os membros do Parlamento fizeram um minuto de silêncio em sua honra, seguido de aplausos.
"Obrigado pelo trabalho, o esforço, os resultados. Você espalha o orgulho italiano pelo mundo", disse o ex-primeiro-ministro italiano Paolo Gentioli.
Já o vice-primeiro-ministro Matteo Salvini expressou "respeito por um homem que fez tanto e poderia ter feito tão mais".
Marchionne será substituído no comando da Fiat Chrysler pelo britânico Mike Manley, chefe da marca Jeep. O posto de chefe da Ferrari ficará com Louis Carey Camilleri, presidente-executivo da fabricante de cigarros Philip Morris, patrocinadora da Ferrari há quatro décadas.
PJ/afp/dpa/sid/cp
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