Alegadamente pintado pelo futuro líder nazista durante a Primeira Guerra Mundial, quadro retrata francesa com quem ele teria tido um caso. Mulher era mãe de Jean-Marie Loret, que alegava ser filho ilegítimo de Hitler.Uma pintura a óleo que se acredita ter sido feita por Adolf Hitler durante a Primeira Guerra Mundial foi vendida por 60 mil euros (cerca de 253 mil reais) em leilão na Alemanha, neste fim de semana (14-15/04). Com 63 centímetros de altura por 48 de largura, o quadro mostra uma mulher em cenário rural, segurando uma ferramenta de agricultura e usando um lenço vermelho estampado que lhe cobre a cabeça e protege os olhos. A blusa meio aberta revela parte de seus seios. Acredita-se que a mulher retratada seja Charlotte Lobjoie, uma francesa que Hitler teria conhecido na França enquanto servia durante a guerra. Segundo relatos, afirmam os dois tiveram um caso amoroso na época.O filho de Lobjoie, Jean-Marie Loret, se dizia fruto desse relacionamento. Em 1981 publicou sua autobiografia, intitulada Ton père s'appelait Hitler (Teu pai se chamava Hitler), morrendo quatro anos mais tarde.
Segundo a casa de leilões Weidler, na cidade alemã de Nurembergue, que colocou o quadro à venda, ele fora adquirido cerca de 50 anos atrás por um industrial flamengo. A empresa afirmou haver documentos provando que a pintura foi exibida em galerias de arte no Japão.
No canto superior esquerdo da imagem, lê-se a assinatura "A. Hitler". Ao leiloar a peça, a Weidler mencionou ainda o alemão Werner Maser, um importante estudioso de Hitler, morto em 2007, era familiarizado com o quadro da mulher francesa. Considerado revisionista histórico, Maser escreveu vários em que procura desvendar a mente do líder nazista, examinando de perto suas pinturas, desenhos, cartas e anotações.
O especialista foi também quem primeiro tornou pública a alegação de Jean-Marie Loret sobre a paternidade, em 1977. A opinião dominante entre os historiadores, no entanto, é que seria improvável ou mesmo impossível o ditador ser de fato o pai biológico dele.A pintura da suposta amante de Hitler é uma das muitas obras leiloadas que se atribuem ao ditador nazista nascido na Áustria. Em 2015, a Weidler vendeu por 100 mil euros uma aquarela que retratava o famoso Castelo de Neuschwanstein, na Baviera.
Como Hitler não chegou a desenvolver um estilo artístico próprio, é difícil provar a autenticidade das pinturas que levam sua assinatura, argumentam especialistas em arte.
Antes de se tornar líder da Alemanha nazista, Hitler tentou ganhar a vida como pintor na década de 1920. Certos historiadores acreditam que ele poderia ter abandonado suas ambições políticas, caso tivesse tido mais sucesso com os pincéis.
EK/dw/ots/cp
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