"“PSB está integrado com as forças populares que querem mudar o Estado e o país”, afirma Siqueira em ato no Rio"

psb rj 1Integrado com as forças populares que querem mudar o país, tanto no plano nacional como no estado do Rio de Janeiro, afirmou nesta segunda-feira (27) o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, em ato político que reuniu centenas de lideranças sociais, comunitárias e sindicais, além de socialistas do Estado do Rio de Janeiro. O evento foi realizado na capital fluminense pelo PSB-RJ para apresentar a nova Executiva estadual e dar boas-vindas aos socialistas que ingressaram no partido recentemente. Entre os movimentos sociais, estiveram no encontro representantes da Negritude Socialista Brasileira (NSB).
O deputado federal Alessandro Molon é o novo presidente do diretório estadual. A Executiva tem ainda o deputado federal Hugo Leal como primeiro vice-presidente, o deputado estadual Carlos Minc como segundo vice-presidente, o ex-prefeito de Petrópolis, Rubens Bontempo, como terceiro vice-presidente, além do ex-vereador Marlos Costa como secretário-geral.
Siqueira afirmou que o ingresso de importantes quadros do Rio representa uma “virada de página” do partido no Estado.
27179417198_7859333f60_bO deputado federal Alessandro Molon (RJ) formalizou filiação em fevereiro. Já os deputados estaduais Carlos Minc e Dr. Julianelli assinaram ficha em março, durante o 14º Congresso Nacional do partido, em Brasília.“Estou muito emocionado porque acho que este é um momento que vai marcar uma virada de página do PSB aqui no Rio de Janeiro e a reafirmação das posições da direção nacional que o partido vinha propondo para o país, como fizemos 14º Congresso Nacional do partido”, destacou Siqueira.
O presidente do PSB também saudou o ingresso dos novos filiados pelo trabalho de cidadania que realizam em comunidades importantes do Rio, como na Maré. Assinaram ficha de filiação o vereador Bira Marques, além de Beto Chaves, policial civil e criador do programa Papo de Responsa, que tem como público-alvo adolescentes e jovens; Lourenço Cezar da Silva, do Centro de Estudos e Ações Solidárias da Maré, e Veruska Delfino, coordenadora de projetos na Agência de Redes para a Juventude.
Siqueira defendeu a união de forças socialistas para criar “um novo momento” para o Rio, com representação e militância fortalecidas, capazes de enfrentar o atual cenário de insegurança e desigualdade social que atingem o Estado.
26180648407_782984bccf_k“Nós temos que criar um novo momento para a cidade do Rio, unir as forças que querem mudar, no sentido do progresso, e para avançar na luta geral em favor do desenvolvimento social do nosso país”, defendeu. “E este fato que aconteceu aqui, com o assassinato de Marielle, ao contrário de intimidar os militantes sociais e políticos, vai nos fazer redobrar os esforços para lutar pelos nossos ideais”, defendeu Siqueira, ao homenagear a vereadora do PSOL Marielle Franco, brutalmente assassinada após evento com ativistas negras.
Em seu discurso, Siqueira afirmou que a ética na política deve ser reafirmada permanentemente pelas forças progressistas, e que o principal, para os socialistas, é lutar contra as desigualdades sociais, “dentro de um projeto social, político e de transformação”.
“Nós não vamos abrir mão dessa bandeira. Os conservadores não estão sendo nada éticos quando deixam que se aprofundem as desigualdades sociais no nosso país, com as suas políticas liberais. Nós lutamos para eliminá-las. Nossos governos têm que trabalhar para diminuir as diferenças sociais, dentro de uma perspectiva de projeto social, de projeto político, de projeto de transformação”, declarou.Protagonismo e história
Durante o ato, o novo presidente do PSB-RJ, deputado Alessandro Molon elogiou o esforço da direção nacional do PSB em reafirmar suas bandeiras históricas e disse que irá trabalhar para construir um partido forte no Rio. “Nós estamos aqui pela coragem e determinação do presidente Carlos Siqueira em fazer o partido se reencontrar com a sua história. Essa coragem nos deu e dará a todos outros militantes que virão a segurança de que o PSB será fiel a sua história”, afirmou.
Molon saudou a memória de Jamil Haddad, ex-ministro da saúde e ex-presidente do PSB, importante quadro político no Estado, e reafirmou o seu compromisso de fazer o PSB do Rio crescer com qualidade, tornando-se uma alternativa política. “Vamos construir um partido forte aqui no Estado, com protagonismo, com proposta de saída para o Rio de Janeiro. Um PSB forte, comprometido com a sua história, com o futuro do Brasil e do Rio”, afirmou.
O secretário-geral do PSB-RJ e secretário nacional do Sindicalismo Socialista Brasileiro (SSB), Joilson Cardoso, deu boas vindas aos novos filiados e disse que os socialistas irão trabalhar para oferecer saída para a crise do Rio.
“Este é um momento aguardado e construído a muitas mãos. Vamos trabalhar todos os dias para superar as dificuldades e nos prepararmos para o PSB oferecer uma saída para a crise que se abateu sobre nosso estado do Rio de Janeiro. O PSB é um partido aberto. Sua vontade é a vontade da militância”, declarou.
“Cidade humana”
41051199591_c5e05f3bf8_kO ambientalista e ex-ministro do meio ambiente Carlos Minc afirmou que chegou com vontade de somar, com o compromisso de fortalecer a luta dos movimentos sociais e de quem sonha com uma “cidade humana”. “Quando falamos de uma cidade humana, estamos falando do combate a cultura do automóvel, da especulação imobiliária, de ciclovias, de reciclagem, de espaços humanizados, de cultura popular acessível. Mas também falamos dos movimentos sociais, das mulheres, LGBTs, movimento sindical, negros porque é daí que vem a força de um partido. Então é essa linha que vamos reforçar”, disse.Minc destacou a importância dos governos de Arraes em Pernambuco e recordou de uma passagem pessoal, que foi a sua chegada em Argel, onde se exilou. Naquele momento, ele foi recebido pelo líder socialista.
“Quando nós saímos da prisão, nos anos 70, quem estava nos esperando no aeroporto em Argel, era Miguel Arraes. Ele esta lá exilado e deu boas-vindas àqueles que estavam saindo das prisões da ditadura militar e nos transmitiu uma grande força e uma grande fé na transformação socialista do Brasil”, recordou.
O socialista defendeu o resgate do combate à corrupção por meio das alianças de esquerda e centro-esquerda. “Temos que avançar em alianças da esquerda e da centro-esquerda no Rio de Janeiro e no Brasil. Nós temos que resgatar a luta contra a corrupção, que sempre foi uma luta de esquerda. Agora, a moda é a seguinte: a direita virou paladina dessa luta e, muitas vezes, a esquerda se encolhe. Então, acho que temos que reverter isso, levantar essa bandeira que é do campo popular”.
“Temos que construir alianças que não nos descaracterizem, que não poluam nossas bandeiras, que não vendam nossas utopias, mas que garantam que a esquerda e a centro-esquerda vão se juntar nesse período de avanço do obscurantismo, do ódio, do reacionário. Vamos fazer grandes frentes democráticas e barrar a direita”, afirmou o deputado estadual.
Julianelli, que retornou ao partido, criticou a intervenção federal no Rio de Janeiro e afirmou que o compromisso do partido no Estado é governar para os cidadãos que mais precisam. “Isso é o socialismo, isso que eu entendo que nós do PSB vamos levar para debate público nessas eleições”, defendeu.
Assessoria de Comunicação/PSB Nacional

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