Na última quarta-feira, dia 21, o México registrou um mais um jornalista assassinado. Somente em 2018, três profissionais de imprensa daquele país já foram mortos. A vítima desta vez Leobardo Vázquez Atzin, de 42 anos, diretor do site Enlace Informativo.Vásquez Aztin foi morto a tiros na porta de sua casa, no estado de Veracruz, leste do México. Ele cobria sobre questões políticas, conflitos sociais e crime em Gutiérrez Zamora e Tecolutla, no norte de Veracruz, segundo a Comissão Estatal de Cuidados e Proteção de Jornalistas (CEAPP, na sigla em espanhol), que condenou o assassinato por meio de um comunicado à imprensa.
O jornalista recebeu ameaças via Facebook depois que publicou sobre uma invasão de propriedade na região. A conta de Vázquez Atzin foi bloqueada por alguns dias após a ameaça e ele abriu outra para continuar reportando.
Vázquez Atzin é o terceiro jornalista assassinado no México este ano. Em seu recente relatório anual, a CEAPP disse que 41 jornalistas foram assassinados desde que o atual presidente, Enrique Peña Nieto, assumiu o cargo.
A Artigo 19 considerou Veracruz o Estado mais perigoso no México para o exercício do jornalismo. A entidade notou que a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) classificou Veracruz como uma “zona de silêncio” em 2016. Dezessete jornalistas foram assassinados no Estado enquanto Javier Duarte era governador (2010-2016). “No entanto, a mudança no governo estadual não conseguiu diminuir o risco para os jornalistas no estado. Durante a atual administração de Miguel Ángel Yunes Linares, quatro jornalistas foram mortos”, diz o relatório.
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