País foi um dos iniciadores do projeto durante governo Obama, mas agora representação americana nas Nações Unidas afirma que decisões sobre políticas de imigração "devem ser tomadas apenas pelos americanos".O presidente Donald Trump decidiu retirar os Estados Unidos do Pacto Mundial da ONU para migrantes e refugiados, considerando-o "incompatível" com a sua política, anunciou no sábado (02/12) a missão americana na ONU. "A missão americana na ONU informou o seu secretário-geral que os Estados Unidos findaram a sua participação no pacto mundial sobre a migração", indicou comunicado da missão dos EUA nas Nações Unidas. Em setembro de 2016, os 193 membros da Assembleia Geral da ONU adotaram com unanimidade a chamada Declaração de Nova York para os refugiados e migrantes, que visa melhorar a gestão internacional (acolhimento, apoio no regresso, etc.) dos movimentos de migração. Com base nessa declaração, o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) recebeu a incumbência de propor um pacto mundial sobre migrantes e refugiados no seu relatório anual à Assembleia Geral em 2018. Esse acordo deve abordar dois pontos básicos: definição de um quadro de respostas a serem dadas e um programa de ação. Os EUA foram um dos iniciadores do projeto durante o governo do ex-presidente Barack Obama, mas agora a representação americana nas Nações Unidas afirma que as atuais disposições seriam "incompatíveis" com a política do presidente Donald Trump.
"A Declaração de Nova York envolve várias disposições que são incompatíveis com as políticas americanas de imigração e de refugiados e os princípios decretados pela administração Trump em matéria de imigração", sublinha o comunicado da missão dos Estados Unidos na ONU. "Assim, o presidente Trump decidiu terminar a participação dos Estados Unidos na preparação do pacto que visa obter um consenso na ONU em 2018", acrescenta. A ONU ainda não reagiu ao anúncio dos Estados Unidos. A embaixadora americana nas Nações Unidas, Nikki Haley, afirmou que os EUA "têm orgulho de seu legado em matéria de imigração e de sua liderança no apoio às populações de migrantes e refugiados em todo o mundo". "Nenhum país fez mais que os Estados Unidos e a nossa generosidade vai manter-se. Mas as nossas decisões sobre políticas de imigração devem sempre ser tomadas pelos americanos e apenas pelos americanos. Decidiremos qual é a melhor maneira de controlar as fronteiras e quem será autorizado a entrar no nosso país", disse a embaixadora em comunicado.
CA/efe/afp/dpa/cp
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