Os investigadores também disseram que Flynn está cooperando com as autoridades e estaria preparado para testemunhar que recebeu instruções de "um funcionário sênior" da equipe de transição para entrar em contato com os russos.No sábado, Trump tuitou que teve que demitir Flynn porque "ele mentiu para o vice-presidente e para o FBI. Ele se declarou culpado por essas mentiras". A mensagem dá a entender que, ao demitir Flynn, no dia 13 de fevereiro, Trump estaria ciente de que seu ex-consultor teria mentido para o FBI. O advogado de Trump John Dowd assumiu a responsabilidade pela declaração no perfil do presidente no Twitter sobre as mentiras de Flynn, afirmando que o erro foi seu ao elaborar o texto da mensagem antes que ela fosse divulgada na rede social do presidente. "O erro foi que eu deveria ter mencionado a mentira ao FBI numa linha separada, em referência à admissão de culpa", disse Dowd. "Mas eu coloquei tudo junto e deixei vocês malucos", afirmou o advogado à imprensa, reiterando que o presidente apenas soube das mentiras quando Flynn foi formalmente acusado por elas. "Assumo a responsabilidade", disse o advogado. "Peço desculpas por desorientar o público." Após a série de tuítes, o senador republicano Lindsey Graham alertou o presidente que ele "tuíta e comenta sobre investigações criminais em andamento sob sua própria conta e risco. Eu tomaria cuidado se fosse o senhor, presidente."A senadora Dianne Feinstein, a principal representante dos democratas no Comitê de Justiça do Senado, disse que o painel começa a perceber que um caso de obstrução da Justiça contra o presidente está se formando. "Vejo isso nas acusações e em alguns comentários. Vejo isso na atitude hiperfrenética da Casa Branca, nos comentários diários, nos tuítes contínuos. E, mais importante, na demissão do diretor Comey, e creio que ela aconteceu porque ele não concordou em abafar a investigação sobre a Rússia. Isso é obstrução da Justiça", declarou.
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