"Venezuela liberta dois opositores"

Yon GoicoecheaYon Goicoechea e Delson Guárate passaram mais de um ano detidos sem julgamento e foram acusados de conspirar contra o governo do presidente Nicolás Maduro. Os opositores venezuelanos Yon Goicoechea e Delson Guárate deixaram nesta sexta-feira (03/11) a prisão com medidas cautelares, afirmaram neste sábado membros do partido Vontade Popular (VP), no qual ambos militam. Eles ficaram mais de um ano detidos sem julgamento e foram libertados sob restrições de fala e movimento. "Liberdades, com medidas cautelares, aos meus irmãos Yon Goicoechea e Delson Guárate.
Nunca deveriam ter sido privados da sua liberdade", anunciou o vereador de Chacao de Miranda, Alfredo Jimeno, na sua conta na rede social Twitter. Mais tarde, o próprio Guárate usou o Twitter para informar da sua libertação: "Estou em liberdade", escreveu, sem dar mais detalhes. Goicoechea, um líder estudantil de 32 anos, foi detido em agosto do ano passado por alegadamente planejar ações contra o governo do presidente Nicolás Maduro, segundo afirmou na ocasião o homem forte do chavismo, Diosdado Cabello. Em dezembro de 2016, a Espanha lhe concedeu cidadania. Guárate, que é prefeito destituído de Mario Briceño, no estado central de Aragua, foi detido nas vésperas de uma marcha da oposição, em 1º de setembro de 2016, em Caracas, pelo Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin, serviços secretos venezuelanos), por "financiamento de terrorismo" e "associação para delinquir". Os seus familiares denunciaram que, durante sua estada na prisão, ele perdeu mais de 20 quilos e que suas condições de diabetes e de hipertensão arterial se agravaram, motivo pelo qual pediram ao governo que lhe fosse concedida a aplicação de uma medida humanitária. O governo de Maduro está libertando cerca de 15 oponentes por semana desde que consolidou seu poder com a eleição de uma assembleia constituinte, em julho, segundo a ONG Foro Penal. Ainda há cerca de 360 pessoas detidas, acrescentou a organização.
AS/lusa/efe/ap/cp

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