
– Laticínios barrados –
Na entrevista, Maggi também disse que o bloqueio brasileiro aos laticínios uruguaios só será interrompido quando o país vizinho provar a origem de seus produtos. “Estamos fazendo uma verificação de denúncias que recebemos. No momento que o Uruguai apresentar as documentações necessárias que o Brasil está pedindo, nós vamos fazer a liberação”, declarou o ministro à AFP. “Nós não temos grandes motivos para fazer todo esse embargo”. O governo tomou essa medida após denúncias de produtores de que os laticínios uruguaios são provenientes de uma triangulação, o que lhes permite entrar no mercado com um preço baixo, que prejudica a concorrência. “Tomamos uma providência e seguramos o leite do Uruguai até que ele mostre pra gente que o leite que estão produzindo lá é leite oriundo de Uruguai”, disse o ministro. “Na hora em que comprovar isso, eu não tenho mecanismos para segurar”, explicou. “Eu gostaria muito de um sistema de cota. Eu não quero diminuir a quantidade de leite que entra do Uruguai. Só ter uma previsibilidade de quanto entra todos os meses”, afirmou. Contudo, o fim do bloqueio não está sujeito à criação das cotas, disse, mas à comprovação de que o leite que o Uruguai exporta é efetivamente produzido ali e não na Argentina e na Nova Zelândia, como alegam alguns representantes do setor no Brasil. Montevidéu protesta contra a medida e garante que “é impossível fazer uma triangulação”, segundo o chanceler uruguaio Rodolfo Nin Novoa.
AFP
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