O presidente da Somália, Mohamed Abdullahi Mohamed, declarou três dias de luto e apelou à população para que vá aos hospitais, que estão lotados de feridos, para doar sangue para as vítimas. Ele próprio doou sangue.Segundo a imprensa somali, a maioria dos mortos eram civis, principalmente vendedores ambulantes. Ao menos cinco voluntários da organização humanitária do Crescente Vermelho da Somália morreram no atentado, segundo a Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho. Neste sábado, um caminhão-bomba explodiu numa rua movimentada da capital somali, nas proximidades do hotel Safari, muito frequentado por estrangeiros, destruindo veículos e edifícios das imediações. Serviços médicos afirmam que ao menos 237 pessoas morreram e 350 ficaram feridas. O comandante da polícia de Mogadíscio, Mahad Abdi Gooye, afirmou à agência de notícias Efe que um segundo caminhão-bomba explodiu perto da antiga sede da companhia aérea nacional Somali Airlines, no distrito de Wadajir. Segundo a BBC, duas pessoas morreram nessa segunda explosão. O hotel Safari se localiza nas proximidades do Ministério do Exterior da Somália. A explosão deixou um rastro de destruição num ponto muito movimentado da cidade, com vários corpos ensanguentados expostos. Janelas de prédios próximos ficaram destruídos e carros queimaram na rua.
Neste domingo, os sentimentos dominantes entre a população eram o luto, a perplexidade e a revolta. "Não há nada que eu possa dizer. Perdemos tudo", disse Zainab Sharif, que é mãe de quatro crianças e perdeu o marido. A milícia Al Shabaab controla parte do território no centro e no sul do país e tenta instaurar um Estado islâmico wahabista na Somália.
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FC/AS/efe/dpa/afp/dpa/cp
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