"Hauly: condenação da OMC ao Brasil foi “lambança” do PT"

Hauly: condenação da OMC ao Brasil foi "lambança" do PTA Organização Mundial do Comércio (OMC) condenou o Brasil por políticas de incentivo à indústria adotadas durante a gestão Dilma Rousseff. O país agora terá 90 dias para suspender sete programas de fomento industrial, com subsídios vinculados a metas expressas de conteúdo nacional e de exportação, prática considerada ilegal pela OMC. Para o economista e deputado federal Luiz Carlos Hauly (PSDB-PR), o Brasil sofre com a irresponsabilidade fiscal do governo do PT. “Só lambança. Só coisas mal feitas que prejudicaram mais o setor produtivo. E durante esses últimos anos do governo da Dilma, o Brasil entrou na maior recessão econômica e não consegue sair. Ela interferiu em todos os setores, principalmente, nessa questão tributária. Com essa questão que fere a diretriz da Organização Mundial do Comércio. E o próprio sistema tributário brasileiro já era marco caótico. Já era um manicômio tributário do ponto de vista jurídico e um Frankenstein funcional”, disse o tucano. Essa foi a maior condenação do Brasil pela OMC. Um dos focos das queixas é o Inovar-Auto (2012), que aumentou o IPI para automóveis importados de fora do Mercosul por empresas que não produzissem no Brasil. O governo brasileiro vai recorrer da decisão para modificar os programas considerados ilegais e evitar sanções mais severas. O deputado Hauly aponta como a situação prejudica a imagem do país com as relações comerciais. O tucano ainda sugere a aprovação da reforma tributária – da qual é relator – como essencial para sair da crise. Desde 2010, os sete programas somaram cerca de R$ 25 bilhões em subsídios e o próprio governo começa a trabalhar para reduzir alguns deles em um momento em que o déficit primário nas contas públicas deve fechar em R$ 159 bilhões nos próximos dois anos.
“A nossa imagem já não é boa. E isso acaba prejudicando cada vez mais o Brasil. Lamentavelmente, nós temos que engolir seco e tomar as providências. E eu estou recomendando, com a minha experiência de 26 anos de parlamento, relator da reforma tributária, que o governo, o Congresso, as empresas, os trabalhadores, nós façamos já a reforma tributária até o final do ano.”

Comentários