"Não podemos nos permitir chantagear"
Schultz criticou, particularmente, a forma como a Turquia está lidando com a questão dos refugiados, dizendo: "Eu, por um lado, não estou disposto a permanecer em silêncio sobre como Erdogan está destruindo a democracia turca somente por causa da questão dos refugiados. Eu disse, e eu direi de novo que, devido à forma como o Governo turco está se comportando atualmente, a Turquia não pode se tornar um membro da União Europeia"."Se isso nos levar a cancelar o acordo de refugiados, teremos que lidar com isso. E teremos que cuidar dos refugiados", afirmou o candidato, referindo-se ao polémico acordo entre a UE e a Turquia para conter a imigração ilegal em direção ao continente. "Mas não estou preparado para me colocar de joelhos na frente de Erdogan. Não podemos nos permitir chantagear. E eu digo mais uma vez, do jeito que eu o conheço, ele não tentará instrumentalizar os refugiados para a sua política externa. Acho que se ele fizesse isso, perderia toda a credibilidade internacional", reforçou.
A política de Angela Merkel
Sobre o trabalho da atual chanceler, Martin Schulz disse que Merkel gerencia o status quo da Alemanha de acordo o lema "um país onde vivemos bem e gostamos de viver". "Ela está certa", admitiu o candidato, advertindo que "também queremos que a vida seja boa amanhã, e é por isso que precisamos dizer às pessoas o caminho que estamos a seguir". "Angela Merkel decidiu dizer ‘podemos fazê-lo'. Mas então outros tiveram que fazê-lo", ressaltou.Pesquisas
Nestas quinta e sexta-feira (15.09), duas pesquisas eleitorais divulgadas pelas emissoras de televisão ARD e ZDF apontam que a coligação entra a CDU e a União Social Cristã (CSU), com a chanceler Angela Merkel como candidata à reeleição, deverá vencer com certa vantagem as legislativas da Alemanha, em 24 de setembro. A candidata surge com 37% na pesquisa da ARD – mesmo percentual da sondagem anterior. A enquente da ZDF apresenta a coligação de Merkel com 36% da intenção de voto. Apesar das pesquisas, Martin Schulz disse que "está bem". "Pesquisas são pesquisas. Em 24 de setembro as pessoas falarão, e então veremos".
Autoria Jens Thurau, Isaac Mugabi, tms/cp
Comentários
Postar um comentário