Novos casos
Os dados do boletim revelam que durante a semana de 04 a 10 de setembro foram registados 34 novos casos da doença, abaixo dos 53 registados na semana anterior, mas acima dos 32 registados na penúltima semana de agosto. Durante a semana que terminou no domingo, foram registados em média quase cinco casos diários, sendo que só no domingo foram diagnosticados 10 casos.
O maior número de casos desde o início do ano ocorreu na semana de 28 de agosto a 03 de setembro, com 53 casos notificados.
Cabo Verde regista este ano um número recorde de casos de malária, já que o maior número até agora registado desde 1991 tinha sido de 140 casos, em 2000. A maior incidência de casos é na cidade da Praia, com 193, sendo que o máximo até agora tinha sido 102 em todo o ano de 2001.
OMS vai apoiar o arquipélago
O representante da OMS em Cabo Verde, Mariano Castellón, disse, na segunda-feira, à saída de uma audiência com o Presidente da República, Jorge Carlos Fonseca, que a OMS vai apoiar Cabo Verde, estando prevista a chegada de uma missão de assistência técnica, com especialistas que vão acompanhar a resposta nacional ao surto de malária que se intensificou em meados de julho.
O representante indicou que o país vai receber equipamentos para tratamento, testes rápidos, mosquiteiros, afirmando que tudo está a ser tratado com as sedes regional em Brazzaville (Congo) e mundial em Genebra, e com outros países africanos que também podem ajudar, como Senegal, Angola, Moçambique ou Guiné-Bissau. As autoridades cabo-verdianas intensificaram a luta contra os mosquitos, com pulverização espacial e dentro das casas e com campanhas de sensibilização da população para a importância de manter as casas e ruas limpas. Em janeiro, Cabo Verde foi distinguido pela Aliança de Líderes Africanos contra a Malária (ALMA) com o prémio Excelência 2017, pelos resultados alcançados no combate à doença. A OMS estima que o país tenha reduzido a sua taxa de incidência e de mortalidade associada à malária em mais de 40% no período decorrente e prevê também que tenha capacidade de eliminar a transmissão regional até 2020.
Autoria Agência Lusa, ar/cp
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