
Interesse por campos de petróleo
Muitos oficiais haviam fugido, estavam presos ou mortos. Era a revanche de Saddam, que cinco anos antes havia perdido para o Irã a metade da importante região de Shatt-el-Arab, entre os rios Eufrates e Tigre. Além disso, Bagdá queria conquistar uma importante área petrolífera no sudoeste iraniano e Hussein estava convencido de que teria o apoio da população árabe local. Mas isso não aconteceu.
O Iraque conseguiu dominar uma pequena região, que denominou Arabistão, mas não obteve o apoio de seus três milhões de habitantes. Enquanto isso, o Irã surpreendia com sua resistência, que durou oito anos. Mais de um milhão de pessoas morreram, e os dois países tiveram seu desenvolvimento atrasado em várias décadas.
Mobilização de crianças para a tropa
Em poucas semanas, Teerã conseguiu recrutar mais de 200 mil soldados, entre eles muitos jovens e crianças. Em 1985, o Iraque começou a bombardear alvos civis no Irã, principalmente na capital, inicialmente com aviões; depois, com mísseis. O aiatolá, entretanto, não aceitou a derrota e chegou a mobilizar 500 mil crianças soldados.
EUA apoiaram o Iraque
Não fosse o emprego de armas químicas pelo Iraque (cuja tecnologia obteve dos Estados Unidos), o Irã poderia ter vencido o conflito. Além de Washington, também Moscou, Pequim e Paris apoiaram Saddam Hussein. Depois de oito anos de conflito e longas negociações mediadas pelo então secretário-geral da ONU Perez de Cuellar, foi acertado um cessar-fogo no dia 20 de setembro de 1988. Dois anos mais tarde, os dois países reataram relações diplomáticas.
(rw)xp
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