"Aliança entre União e estado do Rio de Janeiro vai garantir conclusão das obras do Instituto do Cérebro, diz Temer"

Presidente anunciou, nesta sexta-feira (15), novo aporte de R$ 25,1 milhões por ano para ampliar e qualificar o atendimento da população.Ao anunciar ampliação de 55% nos repasses para o Instituto Estadual do Cérebro Paulo Niemeyer, o presidente da República, Michel Temer, defendeu aliança entre a secretaria de Saúde do Rio de Janeiro e o governo federal, para garantir que as obras sejam finalizadas na unidade, que é referência em neurocirurgias de ponta. “Já combinarei com o Ricardo Barros [ministro da Saúde] para que entre em contato com o secretário da Saúde, para que possamos, juntos, União e estado do Rio de Janeiro, acabarmos, concluirmos esta obra que me parece de vital importância”, afirmou Temer.
O IEC ganha reforço na ordem de R$ 25,1 milhões por ano para ampliar e qualificar o atendimento oferecido por meio do SUS à população do Rio de Janeiro. O estado receberá ainda mais R$ 113 milhões adicionais para custeio da saúde. “O governo federal está garantindo mais de 80% do financiamento do instituto”, frisou o ministro Ricardo Barros ao informar que o local já realizou 4,5 mil cirurgias pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Referência em neurocirurgia no Rio de Janeiro, o IEC Paulo Niemeyer tem gestão estadual, funciona 24h por dia e faz atendimentos apenas por demandas referenciadas pela Central Estadual de Regulação. Após primeiro diagnóstico de necessidade de neurocirurgia em outra unidade, o paciente é encaminhado para consulta, avaliação de exames e risco cirúrgico.

Tecnologia

O presidente Michel Temer também visitou o novo Centro de Radiocirurgia do instituto. Na ocasião, foi apresentado o equipamento Gamma Knife, tecnologia única na rede pública de saúde do País para tratamento de tumores cerebrais e outras doenças neurológicas, como o Mal de Parkinson. O aparelho utiliza a radiocirurgia, intervenção cirúrgica com a utilização de radiação, sem a necessidade de incisões. Apenas duas outras unidades de saúde do País possuem o aparelho, ambas particulares.

Microcefalia

A unidade ainda atende, por meio do Projeto Zika, crianças notificadas com microcefalia causada por esse vírus, com profissionais de pediatria, neurologia, oftalmologia, fisioterapia, fonoaudiologia, psicologia e serviço social. Desde março de 2016, quando o projeto foi iniciado, já foram feitas 1.935 consultas, resultando em 450 crianças atendidas. No instituto, os bebês e as famílias passam por consultas multidisciplinares, além de terem acesso a exames. O acolhimento aos bebês com microcefalia sob suspeita de exposição ao vírus zika consiste na oferta de atendimento multidisciplinar, além de diversos exames complementares, como ressonância magnética, eletroencefalograma, entre outros.

Alan Santos/PR

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