Conforme a coordenadora do SAE – IST/HIV/AIDS e Hepatites Virais, Márcia Quatti, a equipe de multiprofissionais do SAE se desdobra para que haja continuidade nos trabalhos sem prejuízo aos doentes. “Por ser referência, o SAE acaba acolhendo pacientes de Cuiabá e também do Estado. Embora esse fator cause certo “inchaço” na unidade, nossa equipe que é composta por médicos, dentistas, nutricionista, farmacêuticos, assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e técnicos de saúde bucal, trabalha incessantemente para nos mantermos no ranking de referência, primando sempre pela dedicação e humanização nos atendimentos ofertados”, disse a coordenadora.
Além dos serviços, o SAE oferece os medicamentos necessários para o tratamento dos positivados.
Conforme a coordenadora do Programa de Infecções Sexualmente Transmissíveis (Ist’s/AIDS e Hepatites Virais), Mariella Padilha, desde o último mês de julho, em razão de alguns problemas, o Ministério da Saúde deixou de repassar os medicamentos nas quantidades solicitadas pelos municípios. Diante da situação a unidade está ofertando a medicação de forma fracionada.
“Se antes oferecíamos os medicamentos suficiente para três meses, agora estamos entregando para um. A medida foi pensada visando garantir o estoque para todos os pacientes. Dessa forma, em julho, foram entregues mais de 1500 medicamentos e orientações farmacêuticas e, garantimos que ninguém ficou ou ficará sem os remédios”, frisou a coordenadora.
A unidade tomou providências semelhantes com os exames que avaliam a carga viral e a imunidade dos pacientes e que também estão com a distribuição prejudicada. Para controlar o estoque, o SAE passou a aplicá-los apenas em crianças, gestantes e pacientes novos haja visto que habitualmente os exames são realizados em intervalos de três a seis meses e que os pacientes da unidade já foram avaliados quando iniciaram os tratamentos. Podendo assim, aguardar o restabelecimento do fornecimento desses insumos laboratoriais pelo Ministério.
Soropositivo há dois anos, o transexual P.L.R. conta que o tratamento recebido no SAE deu um novo sentido para a vida. “Eu estava crente que minha vida estava no fim. Foi A dedicação de toda a equipe do SAE que me deu forças para continuar e agora estou seguindo minha vida. Jamais vi falta de medicamentos ou de outro componente que prejudicasse o meu tratamento ou o de outros pacientes. Pelo contrário, somos atendidos com o máximo de atenção e cuidado e com o respeito pelas nossas vidas que nós mesmos não tínhamos até chegar aqui”, enfatizou.
MAIS HUMANIZAÇÃO
Com base no Plano de Governo do Prefeito Emanuel Pinheiro, focado na humanização e na inclusão, a secretária de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lúcia de Araújo, explicou que para evitar uma epidemia das IST em Cuiabá, especialmente da Sífilis, que é porta de entrada para o vírus do HIV, a Secretaria vem trabalhando medidas para intensificar a conscientização da população sobre os riscos, investindo em medidas que dê celeridade aos diagnósticos e tratamentos às doenças.
“Criamos um protocolo de atendimento que será aplicado nas redes de atenção primária, secundária e terciária da Capital. Ele consiste em um processo de acolhimento, diagnóstico, tratamento e cura dos pacientes que convivem com essas doenças infecciosas por meio da capacitação de profissionais da enfermagem. Nosso objetivo é diminuir esse número preocupante e oferecermos o melhor atendimento que possibilite qualidade de vida a estes usuários do Sistema Único”, frisou a secretária.
OZIANE RODRIGUES
Davi C Valle
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