A votação, que por decisão da Comissão Nacional de Telecomunicações da Venezuela não foi transmitida pelas rádios e TVs locais, decorreu em 1.600 pontos no país, como também em outros países.O plebiscito, que a oposição classifica como o "maior ato de desobediência civil", acontece na sequência de três meses de protestos violentos contra o governo de Nicolás Maduro, nos quais ao menos 93 pessoas morreram.
Institutos de sondagens e opinião pública, como o Datanalisis, apontam que 70% dos venezuelanos se opõem à Assembleia Constituinte proposta por Maduro. Prevê-se, no entanto, que, por questões de segurança diante das ações dos chamados "coletivos" (grupos paramilitares fiéis ao governo), a maior participação dos quase 30 milhões de eleitores tenha ocorrido em zonas de classe média e alta.
Os resultados deverão ser anunciados ao longo da noite (hora local). Embora a consulta tenha sido declarada ilegal pela legenda governista, os ex-presidentes Jorge "Tuto" Quiroga (Bolívia), Laura Chinchilla (Costa Rica), Vicente Foz (México), Andrés Pastrana (Colômbia) e Miguel Ángel Rodríguez (Costa Rica) chegaram neste sábado a Caracas para supervisionar o processo conduzido pela oposição venezuelana.
Neste domingo, o papa Francisco rezou na oração do Angelus pela "amada" Venezuela, que vota simbolicamente o projeto de Assembleia Constituinte de Nicolás Maduro. "Uma saudação especial dirigida à comunidade católica venezuelana na Itália, renovando a oração pelo vosso amado país", disse o pontífice na varanda do Palácio Apostólico diante de fiéis na praça de São Pedro.
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