Desde março, após o escândalo revelado pela Operação Carne Fraca, o Serviço de Inspeção e Segurança Alimentar do USDA controla todas as carnes importadas pelos EUA procedentes do Brasil. Os agentes do órgão recusaram a entrada de 11% delas. O índice seria "substancialmente maior" na comparação com outros países.
De acordo com o comunicado, o órgão rejeitou 106 lotes de carne bovina fresca brasileira por causa de "preocupações com a saúde pública, condições sanitárias e questões de saúde animal". Segundo o USDA, o governo brasileiro tentou responder às preocupações do governo dos EUA nesta quarta-feira, ao suspender a exportação de cinco plantas do país para os americanos.
Foram suspensas as exportações de três plantas da Marfrig, localizadas em São Gabriel (RS), Promissão (SP) e Paranatinga (MS); uma da JBS, localizada em Campo Grande (MS); e uma da Minerva, em Palmeiras de Goiás (GO).
Operação Carne Fraca
Lançada pela Polícia Federal em 17 de março, a Operação Carne Fraca trouxe à tona suspeitas de irregularidades na produção e fiscalização do setor. A PF descobriu e desarticulou um esquema de corrupção envolvendo frigoríficos, fornecedores e fiscais agropecuários, que recebiam propina para amenizar fiscalizações.
A Operação Carne Fraca provocou turbulências no mercado interno e de exportação de carne. O Brasil é o maior exportador mundial de carne bovina e de frango e o quarto no segmento de suínos.
Após o escândalo, 22 países e a UE impuseram restrições parciais ou totais às importações do produto e a média diária de exportação de carne caiu 19%, segundo informou o Ministério da Indústria e Comércio Exterior.
CN/efe/abr
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