"Debatedores apontam avanços do 1º ano do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação"

Audiência Pública e Reunião OrdináriaDebatedores avaliaram nesta terça-feira (13) os avanços do primeiro ano de vigência do Marco Legal de Ciência, Tecnologia e Inovação (Lei 13.243/16) e sugeriram medidas para ampliar as pesquisas e facilitar o uso do conhecimento científico pelas empresas brasileiras. O assunto foi discutido em audiência pública da Comissão Especial da Inovação Tecnológica em Saúde da Câmara dos Deputados.
Para o diretor de Políticas e Programas de Apoio à Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Jorge Campagnolo, a nova legislação garante segurança jurídica para que o Brasil transforme o conhecimento produzido dentro das universidades em produtos úteis para a população.

"O Brasil evoluiu muito na geração do conhecimento. Hoje, o País está entre os 15 maiores produtores de conhecimento. Em compensação, não aproveitamos praticamente nada ou muito pouco desse conhecimento", disse Campagnolo.
O procurador federal junto ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Leopoldo Muraro, defendeu maiores investimentos no setor de inovação tecnológica. Ele ressaltou que a participação de empresas no fomento de pesquisas beneficia o País como um todo.
"Vamos nos unir porque os países do mundo estão indo para a frente e o Brasil está ficando para trás. E aqui tem uma relação interessante, que é uma relação de ganha-ganha: a universidade ganha, a empresa ganha, o Estado ganha e o Brasil como um todo ganha", afirmou.
Alex Ferreira/Câmara
Audiência Pública e Reunião Ordinária. Dep. Hiran Gonçalves (PP - RR)
Hiran Gonçalves: lei reduziu burocracia, mas ainda há muito trabalho a fazer
Menos burocracia
O relator da comissão, deputado Hiran Gonçalves (PP-RR), destacou a importância da lei na desburocratização da produção de tecnologia, mas admitiu que ainda há muito trabalho a fazer.

"Nós ainda produzimos pouco, nós importamos muita tecnologia e muita coisa poderia ser feita aqui no País. Nós temos também que sensibilizar o empresariado para que se envolva com pesquisa, que comece a reconhecer que, apesar do risco, a pesquisa pode ser um excelente negócio", disse o deputado.
A Comissão Especial da Inovação Tecnológica em Saúde se reúne na próxima terça-feira (20) para discutir tecnologia, medicamentos e tratamento de doenças raras.

Reportagem – Karla Alessandra
Edição – Pierre Triboli

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