As estudantes, que estavam em cativeiro há três anos, foram transportadas por helicópteros militares para a capital do país, Abuja, onde foram, este domingo (07.05) recebidas pelo presidente Muhammadu Buhari.
"Otimismo" no futuro
Organizações de direitos humanos temem que algumas das raparigas raptadas possam estar a ser usadas pelo Boko Haram em ataques suicidas. Para Ryan Cummings, este é um cenário pouco provável. Constatando que as raparigas de Chibok têm sido tratadas de "forma diferente” das restantes vítimas do Boko Haram, Cummings afirma que "é improvável que o Boko Haram gaste as "moedas de troca” que tem para com o governo nigerianos (as estudantes reféns) em ataques-suicida para atingir outros alvos”.
Organizações satisfeitas
O presidente da Nigéria manifestou o seu contentamento com a libertação das 82 jovens e reforçou o empenho do país em garantir o regresso em segurança das restantes estudantes de Chibok. A União Europeia saudou também a libertação das jovens e sublinhou que continua empenhada em apoiar a Nigéria na luta contra o terrorismo. A alta representante da Política Externa da União Europeia (UE), Federica Mogherini, afirmou que "esta notícia é um vislumbre de esperança de que um dia todas as meninas raptadas possam voltar a casa, viver livremente e ter um futuro em paz".
Também o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) congratulou a libertação das estudantes e pediu às autoridades para que lhes faculte o apoio psicológico e social necessário. "Enfrentam um processo longo e difícil para reconstruir as suas vidas depois do horror indescritível e do trauma que sofreram às mãos do Boko Haram", lê-se no comunicado da organização.
Autoria Mark Caldwell, Agência Lusa, rl
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