No mês passado, os cientistas disseram que haviam detectado um intenso processo de branqueamento também em 2017, após uma ocorrência semelhante no ano anterior. A causa do fenômeno seria a elevação acima da média das temperaturas das águas do oceano.
"O impacto combinado desse branqueamento consecutivo se estende ao longo de 1.500 quilômetros, deixando apenas um terço situado ao sul ileso", afirmou o diretor do Centro de Estudos de Corais da Universidade James Cook, Terry Hugues. Fenômenos similares aconteceram em 1998 e 2002.
A passagem do ciclone tropical Debbie, que atingiu o nordeste australiano no final de março, causou danos ainda maiores aos corais. "Provavelmente, qualquer efeito de arrefecimento relacionado com o ciclone será insignificante em relação ao dano que ele causou, já que infelizmente atingiu uma parte do recife que havia escapado à pior parte do branqueamento", disse Kerry.
A deterioração da Grande Barreira de Coral começou na década de 1990, ocasionada pelo duplo impacto do aquecimento da água do mar e do aumento da acidez gerado pela maior presença de dióxido de carbono na atmosfera.
Declarada Patrimônio da Humanidade pela Unesco, a Grande Barreira de Coral abriga cerca de 400 tipos de corais, 1.500 espécies de peixes e quatro mil variedades de moluscos.
RC/afp/lusa
Comentários
Postar um comentário