A OMS decretou emergência de saúde global para o vírus há exatamente um ano. "Um ano depois, onde estamos? A propagação internacional do vírus continuou, mesmo com um monitoramento melhor. Cerca de 70 países e territórios nas Américas, África, Ásia e no Pacífico Ocidental têm relatado casos do vírus zika desde 2015", acrescentou Chan.
O vírus zika, associado ao desenvolvimento de microcefalia em fetos e recém-nascidos e de problemas neurológicos em adultos (Síndrome de Guillain-Barré), é transmitido pela picada do mosquito Aedes aegypti e por meio de relações sexuais.
Chan ponderou que também há avanços. "Algumas abordagens inovadoras para o controle dos mosquitos estão sendo experimentadas de maneira piloto em vários países, com resultados promissores", ressaltou.
Apesar de o estado de emergência ter sido retirado em novembro do ano passado, Chan alertou que os países precisam tratar do zika de forma continuada e em longo prazo. A diretora-geral da OMS também lembrou que o surto da doença revelou falhas nos serviços de planejamento familiar e o desmantelamento de programas nacionais de controle de mosquitos.
Nesta semana, a presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, disse que é praticamente impossível acabar com o Aedes aegypti, que além do zika transmite dengue, chikungunya e febre-amarela.
KF/efe/lusa/ots
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