Serra, que é economista, também falou sobre a retomada do crescimento do Brasil projetada para 2017. Na avaliação do tucano, este processo será beneficiado pelas boas perspectivas para o setor agrícola e também para a indústria. “A economia está parando de piorar, e a tendência é que, entre as pontas (quarto trimestre de 2017 em comparação com o último trimestre de 2016) o PIB cresça cerca de 2%. Há um fator altamente positivo que é a previsão de uma super-safra agrícola. Mesmo na indústria há alguns sinais positivos: a demanda por bens de capital do setor agrícola tem aumentado, e a produção de automóveis se expandido de forma surpreendente”, avaliou Serra.
O tucano salientou também a importância das medidas de ajuste adotadas pelo governo federal nesse cenário de recuperação da economia. “Temos outros fatores favoráveis à retomada, entre eles as melhores expectativas quanto à arrumação fiscal e a possibilidade de redução continuada dos juros, em razão do declínio da inflação esperada. Juros menores beneficiam a atividade produtiva e ajudam a combater o desequilíbrio fiscal”, disse.
Relações Exteriores
José Serra também falou sobre a condução da política externa sob a sua gestão no Itamaraty. Segundo ele, o Brasil tem o interesse de estreitar laços com os Estados Unidos. “A ideia do governo Temer é propor uma agenda de negociações com os EUA em torno a possibilidades que se acumulam há muito tempo. Vamos praticar um ativismo diplomático pragmático. Escolher um grupo de questões entre dezenas que ficaram pendentes e propor negociações que possam avançar, se houver concessões recíprocas”, revelou.
Em relação ao Mercosul, o chanceler defendeu a necessidade de o bloco ser dinamizado, por meio de fatores como a eliminação de barreiras que limitam o livre comércio entre os países integrantes e a homogeneização dos critérios sanitários e técnicos aplicados às importações.
Clique aqui para ler a entrevista completa do ministro José Serra à revista IstoÉ.
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