Mas a falta de dinheiro para fretar o avião que vai transportar seleção nacional de futebol, que participa pela primeira vez na fase final do CAN, está a assombrar o apuramento histórico. O país atravessa uma profunda crise política há cerca de dois anos, sem solução à vista. A disputa pelo controlo do poder já levou a Guiné-Bissau a conhecer cinco governos.
O Governo limitou-se apenas a dizer que fará os possíveis para que a selecção possa viajar o quanto antes. Num comunicado do Conselho de Ministros, o Executivo de Umaro Sissoco apenas fez saber que a equipa nacional será condecorada pela sua histórica qualificação para o CAN, sem se referir à questão da falta de dinheiro.
Segundo apurou a DW África, o Governo não terá disponibilizado a verba prevista, dois milhões de euros, por ser demasiado para os cofres do Estado.
Governo faz "muito pouco"
O presidente da Federação de Futebol da Guiné-Bissau, Manuel Nascimento Lopes, afirma que o Governo "tem feito "muito pouco". "Temos de pensar no povo e no país. Temos de parar de ser egoístas", apela.
O presidente da Federação guineense lembra, por exemplo, que a Costa de Marfim já está a fazer estágio "num dos melhores hotéis" de Abu Dhabi, enquanto os jogadores da Guiné-Bissau passam por "sacrifícios". "Eles merecem muito mais", desabafa.
Apesar das dificuldades na preparação do CAN 2017, o selecionador nacional, Baciro Candé, diz que a equipa está forte e coesa.
A Polícia Judiciária (PJ) da Guiné-Bissau desmantelou, entretanto, uma rede de fabrico e venda de equipamentos contrafeitos da seleção de futebol, informou, em conferência de imprensa, o diretor adjunto da corporação. Fernando Jorge da Costa disse que a PJ apreendeu 531cachecóis, 100 camisolas e calções e 311 chinelos com símbolos da Guiné-Bissau, fabricados ilegalmente por comerciantes chineses e da Guiné-Conacri.
Da Redação DWafrica/CP
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