Véu islâmico
Ao discursar no congresso em Essen, Merkel manifestou-se a favor da proibição do véu muçulmano que cobre o rosto "onde quer que seja legalmente possível". A chanceler federal alemã afirmou que, na Alemanha, o que vale é a cultura do rosto à mostra. "Por isso, o véu integral não é apropriado aqui", disse a líder do CDU.
A chanceler disse ainda que, em prol da integração de refugiados e migrantes e contra a existência de sociedades paralelas na Alemanha, a lei e a Justiça sempre estarão acima de regras religiosas. "Isso também quer dizer que na comunicação interpessoal, que, para nós, desempenham um papel fundamental, nós mostramos o rosto."
Há anos a CDU debate sobre a proibição do véu islâmico integral. Contudo, na última conferência da sigla, em 2015, a medida foi rejeitada devido a dúvidas jurídicas sobre quando e onde a proibição poderia ser implementada, já que poderia contrariar direitos de liberdade dos afetados.
Política de refugiados
Merkel também assegurou a seus correligionários de que a situação vivida em meados do ano passado, quando a Alemanha recebeu 890 mil refugiados, "não deve e não pode se repetir". "Essa era e será a nossa e a minha meta política", afirmou.
A chanceler salientou que os refugiados encontraram abrigo na Alemanha contra guerras, perseguições e falta de perspectivas em suas terras natais, mas acrescentou que "nem todo refugiado pode ficar".
Após discursar por cerca de uma hora e meia, Merkel foi aplaudida de pé por mais de dez minutos. A chanceler pediu o apoio do partido nas eleições de setembro de 2017, nas quais ela vai concorrer e que, segundo ela, serão como nenhuma outra desde a Reunificação da Alemanha.
Uma pesquisa divulgada pela emissora pública ZDF no mês passado apontou que 64% dos entrevistados são favoráveis à reeleição de Merkel.
IP/rtr/afp/dpa
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