Advogados e cientistas da computação fazem apelo para que democrata conteste o resultado da eleição em três estados-chave. Urnas eletrônicas no Michigan, Wisconsin e Pensilvânia podem ter sido comprometidas, diz grupo.Cientistas da computação, especialistas em eleições e advogados têm insistido para que a ex-candidata democrata à Casa Branca Hillary Clinton solicite a recontagem de votos nos estados-chave do Michigan, Wisconsin e Pensilvânia, informou a imprensa americana nesta quarta-feira (23/11).
O grupo, que inclui o advogado especializado em direito eleitoral John Bonifaz e o cientista da computação J. Alex Halderman, afirmou ter encontrado um padrão suspeito nos resultados das urnas eletrônicas desses três estados, sugerindo que elas podem ter sido comprometidas.
O presidente eleito, Donald Trump, venceu em Wisconsin e na Pensilvânia por margens mínimas e teve uma pequena vantagem no Michigan – os três estados têm histórico de eleger democratas.
Em Wisconsin, por exemplo, Hillary recebeu 7% a menos de votos nas cidades que utilizaram o sistema de urnas eletrônicas em comparação com outros municípios que usaram o voto em papel, afirmaram os especialistas, citados pela revista americana New York nesta terça-feira.
O grupo lembra que, durante a campanha eleitoral, o governo dos EUA chegou a acusar oficialmente a Rússia de realizar ataques cibernéticos contra pessoas e instituições americanas, incluindo o Comitê Nacional do Partido Democrata. A suposta invasão de Moscou teria o objetivo de interferir na eleição.
Apesar de não terem encontrado provas concretas de manipulação, os ativistas argumentam que os resultados merecem ser revisados e, por isso, entraram em contato com a campanha de Hillary nesta semana para pressionar por um pedido de recontagem de votos por parte da democrata.
O prazo para fazer tal solicitação está perto do fim. Em Wisconsin, a campanha de Hillary tem até sexta-feira para pedir uma revisão dos resultados, enquanto na Pensilvânia e no Michigan o pedido pode ser feito até a próxima semana, na segunda e na quarta-feira, respectivamente.
Até o momento, porém, a ex-secretária de Estado americana não deu qualquer indicação de que iria contestar o resultado da eleição presidencial de 8 de novembro.
Ainda nesta quarta-feira, foi anunciado que Hillary aparece com uma vantagem de mais de 2 milhões de votos sobre Trump na votação em nível nacional, cuja apuração segue em andamento.
Mesmo com menos votos, o republicano saiu vencedor devido ao sistema de Colégio Eleitoral vigente nos Estados Unidos, em que cada estado exerce um peso diferente na votação.
EK/efe/lusa/ap/dpa/ots
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