Participantes de sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados recordaram, nesta sexta-feira (23), histórias de superação dos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e cobraram a implementação de políticas de acessibilidade urbana previstas na Lei de Inclusão da Pessoa com Deficiência (13.146/15).
Lucio Bernardo Jr.
Solenidade marcou comemoração do Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência
Para o brasiliense Aloisio Lima, que conquistou a medalha de bronze por equipes no tênis de mesa, o maior desafio não é ser conhecido como atleta paralímpico, mas, sim, como cidadão. Ele disputou a competição na categoria Classe 1 a 2, voltada a jogadores cadeirantes.
Lima destacou que, durante as Paralimpíadas, as pessoas com deficiência deixam de ser associadas a iniciativas assistencialistas, como o Teleton, e passam a ser consideradas protagonistas na comunidade da qual fazem partes.
“Foi dada ao público a chance de se pensar outra coisa: Nossa será que é um atleta brasileiro?”, observou. “Esse vai ser um grande legado que vai ficar para o nosso povo”, acrescentou.
Data nacional
A solenidade foi proposta pela deputada Erika Kokay (PT-DF) para comemorar o Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência (21 de setembro). “O que nós queremos é que o orgulho que nós tivemos durante as paralimpíadas possa se repetir todos os dias”, ressaltou a parlamentar.
Ela cobrou o respeito ao direito à locomoção dessas pessoas, que, segundo Kokay, são impedidas de construir suas vidas na cidade. A deputada defendeu ainda o passe livre sem limite de renda, a implantação de semáforos sonoros e a garantia de, ao menos, duas cadeiras de roda por transporte público.
Para o deputado Izalci (PSDB-DF), a superação das desigualdades envolve maior engajamento do Estado. “São barrados aos cidadãos com deficiência itens mais disponíveis para a população em geral, como saúde, educação, emprego, transporte e educação”, disse.
Reportagem - Emanuelle Brasil
Edição - Marcelo Oliveira
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