Dilma: “Não se pode chamar de impeachment o que é uma tentativa de eleição indireta”

A presidente Dilma Rousseff fez o primeiro pronunciamento público desde a votação de domingo (17/4), quando a Câmara dos Deputados aprovou o processo de impeachment contra ela. Na tarde desta segunda (18), pela internet, a petista disse que se sente “indignada e injustiçada”, insistiu que “não há crime de responsabilidade” e subiu o tom das críticas ao vice-presidente Michel Temer (PMDB), classificado com “traidor”.
Ainda segundo Dilma, ela não pode ser acusada de crime de responsabilidade pelas pedaladas fiscais. “Os atos pelo quais eles me acusam foram praticados por outros presidentes da República antes de mim. E não se caracterizados como atos ilegais ou criminosos.” A petista argumentou que as decisões foram respaldadas por pareceres jurídicos. “Quando um presidente pratica atos administrativos, ele faz baseado em toda uma cadeia de decisão, que implica pareceres técnicos e análises jurídicas.”
Dilma prometeu “enfrentar todo o processo e lutar pela democracia”. “Essa luta será muito longa e demorada. Não é uma luta que envolve apenas o meu mandato. É pelos 54 milhões de votos que eu tive e é uma luta de todos os brasileiros, uma luta pela democracia em nosso país. Se democracia, não há nem haverá crescimento econômico.”

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