“Governo precisa apresentar agenda propositiva para o Brasil”, diz Vecci sobre fracasso em vendas de imóveis da União
Na tentativa de reduzir gastos e arrecadar recursos, o governo federal pôs em licitação no ano passado 20 imóveis em sete estados da União. Por falta de interessados, nenhuma das propriedades, avaliadas em R$ 94,854 milhões, foi vendida. Apesar do fracasso, o governo anunciou, por meio da assessoria de imprensa do Ministério do Planejamento, que não desistiu do negócio e vai aprimorar as regras para atrair compradores.
De acordo com reportagem do Valor Econômico desta sexta-feira (15), foi publicada, no dia 31 de dezembro, a Lei n° 13.240/2015, que permitiu que a União aperfeiçoasse o modelo de alienação de seus imóveis que não estão sendo utilizados. Nesse sentido, foi firmado um contrato com a Caixa Econômica Federal para que o banco realize a alienação de imóveis, oferecendo linhas de financiamento imobiliário para os interessados.
O deputado federal Giuseppe Vecci (PSDB-GO) criticou a “falta de planejamento” da gestão da presidente Dilma Rousseff. “O governo comete um erro gravíssimo ao deixar de criar as condições corretas de alavancar recursos para melhorar o processo deficitário. Não se planeja nada, não criam linhas de crédito, por exemplo. O PT não tem um norte definido, fica sempre dando cabeçada e fracassando. É fundamental criar um novo planejamento para reduzir esses gastos”, afirmou.
Agenda propositiva
Para o parlamentar, “já passou da hora” de apresentar uma agenda propositiva de verdade para o Brasil. “O governo não enxerga o momento de dificuldade financeira que estamos vivendo. Tem milhões de questões paralisadas e o PT nada faz. É preciso reduzir urgentemente o tamanho da máquina do Estado para tentar restabelecer a economia. A presidente precisa entender que, da forma atual, sem planejamento algum, só continuará obtendo falhas atrás de falhas”, completou.
Ainda segundo o jornal, o gasto do Poder Executivo Federal (administração direta e indireta) com aluguéis de imóveis em 2014 foi de R$ 1,127 bilhão. Considerando apenas imóveis no Brasil, os gastos totalizaram R$ 958 milhões. A despesa está concentrada no Rio de Janeiro, São Paulo e Distrito Federal.
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