Ao contrário do Brasil, que está cada dia mais afundado na má gestão de Dilma Rousseff, a Argentina vem recuperando sua importância econômica após a troca no comando da Casa Rosada, sede da presidência do país vizinho. De acordo com matéria publicada nesta sexta-feira (15) pelo jornal O Globo, desde a posse de Mauricio Macri, político de perfil mais liberal que sua antecessora, Cristina Kirchner, o país voltou ao radar de empresas brasileiras que haviam adiado investimentos ou fechado fábricas por lá. O deputado federal Rodrigo de Castro (PSDB-MG) vê a mudança de comando como algo fundamental para o crescimento dos vizinhos do Mercosul.
“A Argentina disse não ao populismo e aos demagogos quando escolheu o Macri. A gente vê com muita alegria esse renascimento da Argentina, mas também com tristeza de ver que eles estão no caminho certo e nós, no caminho errado, no caminho do PT”, destacou o parlamentar.
Um dos exemplos citados pela reportagem do Estadão de empresas que devem aproveitar esta nova fase política e econômica dos vizinhos é a brasileira JBS, maior processadora de carne bovina do mundo, que vai reabrir quatro unidades de abate para exportação que haviam sido fechados na Argentina em 2013.
Outra companhia que deve aumentar as operações é a Stefanini, multinacional brasileira de tecnologia, cujo presidente citou “a transição de um ambiente de negócios mais confuso para um modelo de mercado” como um sinal de que o país deve ter perspectivas melhores a longo prazo.
Para Rodrigo de Castro, tal ascensão argentina é mostra de que será cada vez mais difícil o Brasil ser protagonista na região. “É possível que o Brasil perca os momentos importantes. O protagonismo na América do Sul está cada vez mais embaçado e o pior, sem perspectivas. Esse é o mal do governo do PT e, especialmente, da presidente Dilma. Ela não dá nenhuma perspectiva e, quando age na política externa, geralmente tem um viés ideológico muito forte”, analisou.
Preocupação argentina
A péssima situação da economia no Brasil já virou motivo de apreensão até mesmo no governo argentino. Outra matéria do jornal O Globo destaca que o ministro da Fazenda e Finanças da Argentina, Alfonso Prat-Gay, vê a atual fase de seu “principal sócio estratégico com preocupação”. Ele destacou, ainda, que o quadro brasileiro pode ser prejudicial ao desenvolvimento argentino. “Claro que para a Argentina e nossas projeções econômicas seria muito mais favorável ter um vizinho crescendo fortemente, e não em recessão”, ressaltou.
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