A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras também ouviu o depoimento de Sandra Raphael Guimarães, funcionária de Ricardo Pessoa, na construtora UTC. Ela também estava amparada por um habeas corpus e usou o direito constitucional de permanecer em silêncio.
Ela negou, porém, qualquer ligação com as investigações da Operação Lava Jato, que investiga o esquema bilionário de corrupção na Petrobras. “Eu sou funcionária da UTC Desenvolvimento Imobiliário, trabalho em Salvador e não tenho nenhum cargo de direção. Nunca prestei serviço à Petrobras e nem à UTC Engenharia. Por isso pedi à Justiça para ser dispensada e vou ficar em silêncio”, disse.
Sandra foi denunciada por lavagem de dinheiro e corrupção junto com Ricardo Pessoa e o doleiro Alberto Youssef em um dos inquéritos da Lava Jato. “Quantas vezes a senhora esteve com Youssef?”, perguntou o deputado Bruno Covas (PSDB-SP). “Vou ficar em silêncio”, repetiu a depoente.
Empresário nega
Também foi ouvido o executivo Roberto de Moraes Mendes, responsável pela gestão de projetos de gasodutos e oleodutos da empresa Saipem do Brasil. Ele negou, em depoimento, ter conhecimento de suspeitas de pagamento de propina pela empresa a diretores da Petrobras.
“Nunca foi feito qualquer pedido de propina ou mesmo insinuação nas fases em participei dos contratos, durante os processos de licitação”, disse, ao responder pergunta do relator da CPI, deputado Luiz Sérgio (PT-RJ).
De acordo com a Polícia Federal, a Saipem pagou propina ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque em troca dos contratos de construção do gasoduto submarino de interligação dos campos de Lula e Cernambi, localizados na Bacia de Santos.
Reportagem – Antonio Vital
Edição – Newton Araújo
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