O site infanto-juvenil da Câmara dos Deputados, o Plenarinho, recebeu mais de 700 projetos de lei concorrendo ao Câmara Mirim. Conforme combinado no regulamento, a comissão julgadora da Câmara escolheu seis projetos, que serão analisados agora pelas crianças que vão participar do Câmara Mirim. Elas escolherão os três vencedores. Os autores dos três melhores projetos virão a Brasília em outubro, no Câmara Mirim, defender suas propostas.
Os projetos selecionados são:
Brasil Saudável, de Themisia do Carmo Nogueira, da Escola Atual, de Águas Claras/DF. A ideia da Themisia é conceder isenção de impostos para quem vender alimentos orgânicos para as escolas. “É necessário ensinar a acostumar as pessoas a importância da alimentação saudável e o consumo de alimentos orgânicos”, justificou a menina.
Parquinho para as crianças, de Bianca França Oliveira, moradora de Presidente Médici/RO. Ela estuda na Escola Carlos Drummond de Andrade e escreveu um projeto que estabelece que todas as cidades devem ter pelo menos um parquinho para as crianças. Além disso, todos os brinquedos devem ser acessíveis às crianças deficientes. Ela justificou dizendo que “é importante porque as crianças hoje em dia não saem para brincar nem fazer novos amigos, ficam só brincando no telefone ou computador. Com essa regra, as crianças terão oportunidade de viver a sua infância com mais alegria e muito mais amigos”.
Incentivo à produção audiovisual nas escolas, de Bruno da Costa Pajola, Campos dos Goytacazes/RJ. Bruno estuda na Escola Municipal Maria Lúcia, e escreveu um projeto para desenvolver uma geração mais crítica e cidadã. Para isso, ele pensou na capacitação dos estudantes para aprender a trabalhar com produção audiovisual. Ele lembrou de uma lei aprovada no ano passado que obriga a utilização de produção audiovisual nacional nas escolas de educação básica, e disse que foi criada uma nova demanda. “A produção local, respeitando a imensa diversidade cultural no Brasil que tem proporções continentais, atenderia essa demanda e ajudaria na implementação da lei. Além de incentivar os alunos a ingressarem na economia criativa através da indústria do audiovisual”, disse Bruno.
Criação da polícia escolar, de Maria Cecília Borges da Silva, de Montes Claros/MG, estudante da Escola Estadual Dom João Antônio Pimenta. Ela pensou na criação de uma polícia específica para as escolas, que seja capacitada para lidar com as características dos problemas escolares. “Eu acho importante essa regra para mudar essa questão de violência nas escolas. A presença dos policiais ajudaria nessa questão”, argumentou Maria Cecília.
Enem do Esporte, de Bernardo Lopes Francelino Silva, estudante do colégio Bernoulli, de Belo Horizonte/MG. Bernardo acha que o esporte é pouco incentivado nas escolas. Por isso, pensou em um projeto que insere o esporte na nota do Enem da escola, unindo clubes esportivos e escolas. Ele justifica dizendo que existem muitas crianças talentosas que se veem obrigadas a decidir entre escola e esporte. “Isso tudo seria desnecessário, caso existisse um vínculo eficaz entre os clubes esportivos e as escolas. Este projeto de lei quer criar essa parceria, fazer valer, para que a escola se sinta interessada e obrigada a estabelecer essa parceria e ter com ela crianças e adolescentes”.
Cumprimento de promessas de campanha, de Pedro Arfux Pereira Cavalcante de Castro, de Ponta Porã/MS. Ele estuda na Escola Estadual João Brembatti Calvoso e se preocupa com os políticos que não cumprem suas promessas. A proposta dele é que o político que não cumprir pelo menos 25% das promessas de campanha até o final de mandato tenha seus bens materiais penhorados. “Vários políticos fazem várias promessas durante o período eleitoral e alguns não cumprem sequer uma promessa das propostas em campanha eleitoral. Esse projeto pode reduzir a corrupção, pois uma parte do dinheiro público será obrigatoriamente gasta em benefício do povo”, disse Pedro.
No dia 31 de agosto serão divulgados os três projetos vencedores.
Da Redação – RCA
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