"Medida provisória libera tratores de emplacamento"

O governo publicou no Diário Oficial da União de quarta-feira a Medida Provisória 673/2015, que dispensa tratores e outras máquinas agrícolas de emplacamento e licenciamento. Os veículos, porém, ficam sujeitos a registro em cadastro específico na repartição de trânsito competente a partir de 2016. O tema é polêmico e atende reivindicação antiga dos produtores rurais. 

O emplacamento e licenciamento haviam se tornado obrigatórios por força de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) em 2012. No ano passado, a elimina- ção da exigência foi aprovada pela Câmara e pelo Senado por meio de emenda incluída na Medida Provisória 656/2014. A iniciativa, no entanto, foi integralmente vetada pela presidente Dilma. 

Este ano, em 11 de março, o Congresso manteve o veto, com a promessa de que o governo editaria outra MP sobre o assunto. Paralelamente a isso, o Senado também aprovou, em março, o Projeto de Decreto Legislativo (PDS 124/2013), de autoria de Blairo Maggi (PRMT), para sustar a resolução do Contran. A insatisfação dos produtores foi evidenciada em audiência pública realizada, no interior do Rio Grande do Sul, pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) .

 Na ocasião, o representante da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), Augusto César Andrade, disse que agricultores esperavam o fim de uma situação de insegurança que se arrastava desde a promulgação do Código de Trânsito Brasileiro, em 1997. Desde então, a regulamentação das máquinas ficou sujeita a normas divergentes, segundo ele. Análise da MP A MP tem força de lei desde a edição e vigora por 60 dias, prorrogáveis por mais 60. 

Quando chega ao Congresso, é analisada por uma comissão mista, que pode alterá-la. Se isso acontecer, passa a tramitar como projeto de lei de conversão. Depois de deixar a comissão, precisa ser votada pelos Plenários da Câmara e do Senado. Se aprovado, o texto é enviado ao presidente da República, que pode sancionar ou vetar total ou parcialmente, caso discorde das alterações.

Assessoria

Comentários