"Facebook aprova anúncios com desinformação sobre novo coronavírus"

Entidade americana que atua na defesa de direitos do consumidor e na avaliação da qualidade de produtos e serviços, a Consumer Reports (espécie de Proteste americana) publicou nesta terça (7) o resultado de um teste que ilustra a fragilidade dos métodos utilizados pelo Facebook para evitar a disseminação de desinformação sobre covid-19 em sua plataforma. Para realizar o teste, a Consumer Report elaborou três falsos anúncios de uma entidade fictícia denominada Self Preservation Society. A primeira peça publicitária defende que o isolamento social não faz diferença nenhuma no combate à pandemia e que as pessoas devem ir para as ruas e retomar suas atividades normais. O segundo falso anúncio traz uma foto de uma avenida de Nova York cheia de gente e uma frase defendendo que a melhor forma de combate à doença é as pessoas saírem de casa, pois quanto mais rápido elas se contaminarem, "mais cedo poderemos retornar à normalidade".
Submetidos ao Facebook em meio a outras peças publicitárias, os falsos anúncios foram aprovados pelo departamento que deveria avaliar o teor das postagens patrocinadas veiculadas na plataforma.
Os anúncios ficaram disponíveis por sete dias para publicação. Constatada a falha no sistema, a Consumer Reports deletou os arquivos, a fim de evitar sua publicação.
Jornalista que colabora nas reportagens publicadas no site da Consumer Report, Kaveh Waddel esteve à frente do teste. Segundo ele, o Facebook só costuma remover anúncios problemáticos depois que eles são publicados.
"Se eu tivesse publicado essas falsas mensagens, eventualmente o Facebook as removeria. Mas é impossível saber o alcance das mensagens ou o tamanho do dano que elas teriam causado", conclui o jornalista.
Da Redação/Caminho Político

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