"Microplástico: um problema invisível'

 Nos dias atuais é inimaginável pensar na sua rotina sem a presença dos plásticos sejam na escova de dente, brinquedos ou canetas. O plástico, de diversas formas facilita a vida das pessoas, porém um problema tem surgido nos últimos anos em relação à poluição que ele causa nos oceanos, no solo e no ar. Apesar da preocupação crescente com o destino dele, ainda é grande a quantidade de plástico descartada de maneira inadequada. A decomposição do plástico na natureza dura mais de 400 anos, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. Piora o fato de não desaparecer, completamente, mas apenas fica menor, a ponto de ser invisível a olho nu. Ao chegar à natureza, o plástico passa por um processo de quebra mecânica realizada pelas chuvas, ventos e solo, que o fragmentam em pequenas partículas, transformando-o em microplástico. Além do descarte incorreto, diversos outros fatores explicam a quantidade exagerada de microplástico no meio ambiente: na lavagem de roupa, nas tintas utilizadas para pintar casas, estradas, navios e no próprio atrito dos pneus.
 Por conterem produtos químicos e atuarem como captadores de poluentes orgânicos persistentes na terra, no ar e na água ao serem levados até os oceanos, entram na cadeia alimentar da vida marinha e, consequentemente, na humana. Causam doenças como bloqueio de passagem de alimentos para o intestino dos plânctons, ser vivo que sustenta toda a cadeia alimentar marinha. Já nos humanos provocam náuseas, vômitos, diarreia até mesmo câncer. Uma pesquisa realizada pela Orb Media mostra que nos Estados Unidos 94% da água nas torneiras está contaminada e 90% no Brasil, de acordo com a Folha de São Paulo. Diversas soluções estão em pauta que vão desde diminuir a quantidade de microplásticos na natureza, como a campanha lançada pela ONU contra a poluição dos oceanos provocada pelo consumo de plástico, passando por cientistas que estão tentando achar formas de combater o problema até empresas que querem substituir o plástico por materiais mais sustentáveis como o econyl feito 100% de resíduos de nylon regenerado obtido das redes de pesca retiradas dos mares.
Fontes: Orb Media, Ministério do Meio Ambiente, Ecycle, ONU Brasil, Folha de São Paulo, Stylo Urbano.

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