DESAPROVAÇÃO: Zema critica PEC da Segurança e defende livre atuação das forças policiais

Governador também comentou sobre o Propag, sancionado com vetos pelo presidente Lula (PT) na terça (14), e comparou o estado de Minas Gerais a vacas leiteiras. Prevista para apresentação pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, nesta quarta-feira (15 de janeiro), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública foi alvo de críticas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), nesta manhã. À CNN, o mandatário defendeu "liberdade para as forças de segurança atuarem" sem serem acusados de serem "xfóbicos". Zema também comentou sobre o Propag, sancionado com vetos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na terça-feira (14), e comparou o estado de Minas Gerais a vacas leiteiras.
"Nós levamos ao ministro Lewandowski, em março do ano passado, as nossas propostas, e três são extremamente simples. Nós queremos que aquele criminoso, que de forma reiterada comete o mesmo delito, fique detido. Isso é fundamental. Hoje nós temos pessoas que roubam, que furtam celulares 20 vezes, passam uma noite na cadeia e vão na rua novamente para cometer na semana que vem o mesmo delito", disse Zema ao canal.
"Nós temos o caso das tornozeleiras eletrônicas. A pessoa tá sob monitoramento de tornozeleira, rompe a tornozeleira e a Justiça leva um ano para espedir um mandato de prisão. A pessoa fica um ano solta e deveria ter a sua prisão decretada automaticamente. Adulterar a tornozeleira deveria ser igual a pular o muro do presídio, você nao precisa ter autorização judicial", defendeu.
"E também darmos liberdade para as forças de segurança atuarem. Hoje nós temos policial que vão abordar alguém que tenha características 'x' e amanhã ele vai ser acusado de ser 'xfóbico' porque abordou aquela pessoa com aquela característica. Nós precisamos dar segurança, dar conforto para as forças de segurança. Coisas básicas. Se o básico não for feito, não adianta nós termos carteira de identidade nacional. É um avanço, mas você continua com o bandido solto, com o bandido atuando", afirmou.
Ele continuou: "não adianta ter o sistema integrado. É muito bom o sistema integrado. Mas o bandido vai continuar solto. Então nós temos, na minha opinião, que fazer o básico, e tudo que está sendo proposto, muitas das medidas podem somar, mas se o básico for deixado de lado, nada vai ser resolvido".
"Não adianta querer dar curso de inglês, de espanhol para quem não aprendeu nem o português ainda", finalizou o governador, que também defendeu um "projeto baseado naquilo que os estados que têm os índices mais baixos de criminalidade do Brasil fazem". "O estado do Sul e do Sudeste são os estados com as menores taxas de criminalidade", afirmou.
Vacas leiteiras
Sobre o Programa de Pleno Pagamento da Dívida dos Estados junto à União (Propag), o governador afirmou esperar que o veto presidencial seja derrubado no Congresso Nacional. Ele ressaltou que não pretende aderir ao plano caso o veto seja mantido, uma posição reafirmada durante uma coletiva de imprensa em Belo Horizonte nesta manhã.
Da mesma forma, elogiou o presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). "Ele foi o idealizador dessa proposta, muito bem intencionado, mas ela foi totalmente mutilada pelo governo federal e vai prejudicar não só Minas como também o Rio Grande do Sul e o Rio de Janeiro", disse.
Na terça (15), Pacheco saiu em defesa do Propag após Zema criticar os vetos do projeto por meio de uma rede social. O senador disse que, com a sanção do projeto, o momento é de “agradecer” ao presidente Lula.
Ainda assim, o governador reforçou as críticas em entrevista esta manhã. "Espero que haja um bom senso, que haja uma percepção que esses estados contribuem muito com as exportações do Brasil. No ano passado, 1/3 do saldo comercial do Brasil foi gerado aqui no estado de Minas", afirmou.
"E o que nós estamos fazendo é deixando de dar ração para aquelas vacas que mais produzem leite no Brasil. É mais ou menos isso que está acontecendo", disse Zema.
Assessoria/Caminho Político
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