CÂMARA E SENADO: Novo, PSOL, PL e Podemos têm candidatos de honra e azarões no Congresso

Apesar de as eleições internas para o comando da Câmara e do Senado terem favoritos definidos, parlamentares de quatro siglas (Novo, PSOL, PL e Podemos) anunciaram que vão se candidatar, com ou sem o aval de suas bancadas. As eleições serão realizadas no sábado (1°).
O deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP) têm o apoio da maioria dos partidos na disputa para os cargos de presidente em cada Casa. Com uma bancada pequena, o Partido Novo terá “candidaturas de honra” nas duas Casas legislativas. O PSOL também terá um nome próprio na disputa na Câmara, assim como teve em 2023. Já o Podemos e o PL terão candidatos independentes no Senado, que se lançaram mesmo sem o respaldo de suas siglas. Esses são também chamados de “azarões” na disputa. Saiba quem serão os candidatos em cada Casa: Câmara O Novo confirmou, na segunda-feira (27), que o deputado Marcel van Hattem (RS) será o candidato da sigla ao comando da Câmara. Ele já foi candidato ao cargo em 2021 e 2023, quando recebeu 13 votos e 19 votos, respectivamente. Nas duas ocasiões, perdeu para o atual presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
A candidatura de Van Hattem já vinha sendo ventilada pelo deputado nas redes sociais. O congressista também enfrentará o deputado Pastor Henrique Vieira (PSOL-RJ), que se lançou candidato ainda no ano passado. Uma candidatura própria do PSOL tem sido costume da sigla, mesmo nos cenários mais consolidados de apoio a um candidato.
Na última eleição interna, em 2023, a sigla lançou Chico Alencar (RJ), que recebeu 21 votos ante a votação recorde de Lira, reeleito com 464 votos. Franco favorito, Motta tem o apoio de Lira e todas as bancadas da Câmara - com exceções do Novo e do PSOL. O deputado tem o apoio virtual de 495 deputados, número de integrantes somados das bancadas que o apoiaram.
A votação, no entanto, é secreta e pode haver “traições”, já que o apoio do partido não garante a conversão dos votos de todos os seus integrantes. Senado Mesmo com os acordos costurados por Alcolumbre, o senador deve enfrentar quatro concorrentes. Com a bancada rachada, o Podemos terá dois candidatos: Marcos do Val (ES) e Soraya Thronicke (MS). Outros três senadores da sigla devem apoiar Alcolumbre. A oposição ao governo Lula terá outros dois candidatos na disputa.
O senador Eduardo Girão (Novo-CE) é o único representante do seu partido e se lançou no pleito. Sob críticas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) também anunciou que será um dos postulantes. O congressistas é ex-ministro de Ciência, Tecnologia e Inovações do governo anterior. O senador foi alvo de críticas de lideranças do PL e apoiadores de Bolsonaro, que tentam demovê-lo de seguir na disputa.
O PL decidiu apoiar Alcolumbre para garantir um cargo na Mesa Diretora. A sigla quer evitar o que ocorreu em 2023, quando Rogério Marinho (PL-RN) foi derrotado e o partido ficou sem cargos e representatividade na Mesa. Para ser eleito, são necessários os votos de 41 senadores (maioria absoluta). Alcolumbre reúne o apoio de todas as bancadas, menos do PSDB e do Novo. Ele já comandou o Senado entre 2019 e 2020.
Emilly Behnke/Rebeca Borges/Caminho Político
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