Indiciamento atinge em cheio cúpula do Exército e há receio por parte de militares do impacto que isso pode causar na instituição.Dos 37 indiciados por supostamente fazerem parte de um plano de golpe no Brasil, 25 são militares. Destes, 13 estão na ativa do Exército Brasileiro. São majoritariamente coronéis e tenentes-coronéis que já estavam sendo investigados e, em algum momento, tiveram o nome revelado, ou por serem alvo de operações ou pela quebra de sigilo de documentos.Fontes ouvidas pela CNN apontam que o Exército deve esperar uma ordem mais clara para afastar os indiciados de suas funções.
A expectativa é de que, com o curso do processo, o próprio ministro Alexandre de Moraes, do STF, possa decidir por uma medida cautelar de afastamento. Mesmo os militares que têm patentes mais altas não estão desempenhando nenhum cargo considerado sensível ou estratégico para a corporação.
É o caso do general Nilton Diniz Rodrigues, que comanda a 2ª Brigada de Infantaria de Selva, que fica na cidade de São Gabriel da Cachoeira, região do alto Rio Negro.
No passado ele já teve postos mais relevantes. Quando o plano de golpe supostamente teria sido traçado, ele estava à frente do 1º Batalhão de Forças Especiais e do Comando de Operações Especiais, que ficam em Goiânia (GO).
Centro do inquérito e colaborador da Polícia Federal, Mauro Cid já está afastado de suas funções.
O tenente-coronel teve um novo depoimento nesta quinta-feira (21) conduzido pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, que decidiu manter os termos da delação premiada.
O indiciamento atinge em cheio a cúpula do Exército e há receio por parte de militares do impacto que isso pode causar na instituição.
Hoje o Exército conta com pouco mais de 200 mil homens, dos quais cerca de 120 são generais, a patente mais alta da corporação. Ao todo, sete deles foram indiciados, dos quais quatro ocuparam cargos no governo Bolsonaro.
Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e Walter Braga Netto foram ministros da Defesa. Braga Netto também comandou a Casa Civil e foi vice na chapa derrotada de Jair Bolsonaro em 2022. Já Augusto Heleno comandou o Gabinete de Segurança Institucional, enquanto o general Mário Fernandes chegou a ser ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência.
Veja abaixo as patentes dos militares do Exército indiciados pelo suposto plano de golpe:
7 generais
7 coronéis
6 tenentes-coronéis
1 major
2 capitães
1 subtenente
Assessoria/Caminho Político
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