Reconstrução de Mamas para Pacientes Oncológicas: Uma parceria transformadora entre o HG, ITC, GAPCAN, APOOC e SUS
O câncer de mama é uma das doenças mais diagnosticadas entre as mulheres em todo o mundo, afetando não apenas a saúde física, mas também o bem-estar emocional e a autoestima das pacientes. No Hospital Geral e Maternidade de Cuiabá (HG), em parceria com o Instituto de Tratamento do Câncer (ITC), Grupo de Apoio às Pacientes com Câncer (GAPCAN), Associação de Apoio aos Pacientes Oncológicos de Cuiabá (APOOC) e o Sistema Único de Saúde (SUS), tem desenvolvido um programa exemplar de reconstrução de mamas para pacientes oncológicas, que está fazendo a diferença na vida dessas mulheres. De acordo com o mastologista, Dr. Aguiar Farina, a reconstrução mamária não é apenas uma questão estética, mas também uma parte fundamental da reabilitação física e emocional para muitas mulheres que enfrentam o câncer de mama. “A reconstituição imediata da mama traz um benefício enorme para a autoestima da mulher. O estigma da mastectomia é muito grande. Há estudos que mostram que a mama é o ponto principal da feminilidade”, afirma.
Com essas empresas parceiras e o SUS, são oferecidos procedimentos de reconstrução mamária de alta qualidade, realizados por equipes médicas especializadas em hospitais públicos e centros de referência em oncologia. O Dr. Aguiar Farina ressalta que existem diversas técnicas para realizar a reconstrução da mama. A escolha dependerá do caso, pois nem todas as pacientes têm indicação de reconstrução, principalmente quando o câncer é muito agressivo.
A Sociedade Brasileira de Mastologia dá informações sobre as principais técnicas de reconstituição: a autóloga, realizada com tecidos da própria paciente; a heteróloga, que utiliza expansores ou próteses; e a mista, que combina as duas primeiras.
Uma conquista significativa para as mulheres no Brasil foi a aprovação da Lei Federal 12.802/2013, que garante às pacientes oncológicas o direito à reconstrução mamária pelo SUS. Isso significa que as despesas relacionadas a esse procedimento são subsidiadas pelas empresas parceiras e pelo SUS, garantindo que todas as mulheres tenham a oportunidade de reconstruir suas mamas, independentemente de sua condição financeira.
“A gente tira o tumor e refaz as duas mamas, para que elas fiquem do mesmo tamanho. Muitas vezes, o resultado deixa a mama mais bonita, como em uma cirurgia estética. A técnica mais complicada envolve tecido muscular e gorduroso das costas e abdome”, explica Farina.
Segundo o mastologista, a saúde pública compreende que o câncer de mama não é apenas uma batalha física, mas também emocional. Portanto, além dos procedimentos cirúrgicos, o sistema oferece suporte psicológico e acompanhamento integral às pacientes oncológicas. “Isso ajuda as mulheres a enfrentar todo o processo, desde o diagnóstico até a reconstrução e a reabilitação, de uma maneira mais tranquila e confiante”, destaca.
A reconstrução mamária é um exemplo notável de como essas parcerias se preocupam com a saúde e a qualidade de vida das mulheres que enfrentam o câncer de mama. Garantindo o acesso a procedimentos de reconstrução e oferecendo apoio emocional, a equipe multiprofissional do Hospital Geral de Cuiabá ajuda as pacientes a se recuperarem não apenas fisicamente, mas também emocionalmente, permitindo que elas continuem suas vidas com dignidade e autoestima. Trata-se de um passo importante em direção à completa reabilitação das mulheres após o tratamento do câncer de mama.
Soraya Medeiros/Caminho político
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